Leilão de Rubis da MRM Rende 31,7 Milhões de Dólares e Confirma Resiliência do Mercado

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Realizado entre 2 e 13 de Junho de 2025, o leilão de rubis brutos de qualidade mista promovido pela Montepuez Ruby Mining (MRM) arrecadou 31,7 milhões de dólares norte-americanos, destacando-se pelo preço médio de venda de 461,48 dólares por quilate e pela colocação de 78 dos 90 lotes disponíveis.

Num contexto internacional marcado por instabilidade geopolítica, abrandamento económico na China e incerteza tarifária, os resultados do mais recente leilão da MRM demonstraram a resiliência e a contínua atracção dos rubis moçambicanos no mercado global. A empresa, participada pela britânica Gemfields (75%) e pela moçambicana Mwiriti Limitada (25%), organizou o leilão a partir de Bangkok, com participação online de clientes de várias jurisdições.

Foram oferecidos 99.830 quilates, dos quais 68.705 quilates foram adquiridos, o que representa uma taxa de absorção de 69%. Em termos de lotes, 78 dos 90 disponíveis foram vendidos, totalizando 87%. Os rubis provinham de uma nova área de exploração da mina, nunca antes representada em grandes quantidades em leilões anteriores — um dado que se revelou auspicioso, segundo a direcção da empresa.

“Apesar da menor oferta em peso, os rubis demonstraram uma procura robusta. É encorajador observar que as gemas de áreas recentemente exploradas foram bem acolhidas pelos compradores”, declarou Adrian Banks, Director Executivo de Produto e Vendas da Gemfields.

O comunicado destaca ainda que os resultados foram influenciados por um mini-leilão realizado em Abril, cujas gemas de menor porte normalmente integrariam o leilão de Junho, o que contribuiu para a elevação do preço médio por quilate registado.

Além dos ganhos comerciais, a MRM reafirma o seu compromisso com a sustentabilidade, educação e desenvolvimento comunitário em Namanhumbir, onde mantém projectos como clínicas móveis, infra-estruturas escolares, furos de água potável, programas de formação profissional e apoio à agricultura local.

Contudo, a empresa reconhece impactos negativos recentes derivados da agitação pós-eleitoral na região, que resultaram em vandalismo e danos em equipamentos comunitários como a estação de rádio e o centro de formação, actualmente encerrados até à sua reabilitação.

Fonte: O Económico

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