Liga: futebol profissional rende 268 milhões de euros em impostos ao Estado

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O futebol profissional em Portugal contribuiu com 662 milhões de euros (ME) para o Produto Interno Bruto (PIB) português na época 2023/24, tendo gerado 268 ME em impostos para o Estado, numa época em que as Sociedades Desportivas ultrapassaram os mil milhões de euros em receitas pela primeira vez, indica o mais recente Anuário do Futebol Profissional Português.

De acordo com a oitava edição do documento, conhecida esta quinta-feira, com produção da EY em parceria com a Liga, as Sociedades Desportivas da Liga alcançaram um total de 1.073 milhões de euros em volume de negócios, mais 86 ME face à época 2022/23.

O contributo para o PIB português, de 662 ME, desceu em cinco milhões de euros face aos 667 ME da época passada, representando 0,25 por cento da riqueza nacional (em 2022/23 representou 0,26). No entanto, a Liga destaca que os valores registados contribuem «para uma taxa de crescimento anual composta de oito por cento desde a época 2019/20», defendendo que tal «reflete a resiliência e a afirmação do setor».

Por outro lado, as contribuições fiscais (IRS, Segurança Social, IRC e outros impostos) subiram em 18 por cento na última época, de 228 ME em 2022/23 para 268 ME entregues ao Estado em 2023/24. Deste valor, o principal campeonato português «concentrou 89 por cento do impacto fiscal apurado», ou seja, 238 ME. Além disso, do total, «o pagamento de IRS e as contribuições sociais representaram 81 por cento do total (216 ME).

Pelo nono ano seguido, a Liga teve resultados operacionais positivos, registando cerca de 29 milhões de euros em receitas. As competições profissionais representaram 75 por cento deste valor e a Liga fechou a época com lucros de 774 mil euros, tendo distribuído mais de 9,8 milhões de euros às Sociedades Desportivas.

Recorde no número de postos de trabalho

Por outro lado, e depois de uma descida deste valor na época passada (3.504 postos de trabalho), o número de postos de trabalho atingiu um recorde, ultrapassando os 4 mil trabalhadores entre Liga e Sociedades Desportivas.

As 18 sociedades do principal campeonato empregam 3.239 pessoas (mais 557 do que em 2022/23), representando cerca de 73 por cento do emprego no futebol profissional português. Deste número, a maior fatia compreende-se nos funcionários das áreas de suporte, gestão e administração (1.928 pessoas), seguindo-se o número de jogadores (989) e o de treinadores (322). Todos estes valores, individualmente, subiram, já que em 2022/23 eram de 1.473, 930 e 257, respetivamente.

Bolo de salários sobe em 60 milhões de euros

Com mais protagonistas na indústria, houve também uma subida no bolo total de vencimentos nos dois principais campeonatos lusos. A Liga e a II Liga registaram, no total, 424 ME em remunerações, mais 60 ME do que os 364 ME registados na época passada. No topo da tabela de remunerações estão os jogadores, com 294 ME (mais 25 ME face aos 269 ME da temporada anterior).

4,2 milhões de adeptos nos estádios

De acordo com os dados do documento conhecido à margem das Jornadas Anuais da Liga, o número de adeptos nas bancadas foi de 4,2 milhões, «representando um crescimento de 10 por cento face à época 2022/23», na qual se registaram 3,5 milhões de pessoas nas bancadas, nos dois principais campeonatos. A ocupação média passou, assim, de 51 por cento em 2022/23 para 66 por cento em 2023/24, sendo que 3,7 milhões de adeptos registaram-se no principal campeonato, além dos 556 mil na II Liga. Nesta, a ocupação média desceu, de 27 para 23 por cento.

«Os dados sublinham o peso crescente do futebol profissional na economia nacional, o que deve servir de referência ao poder político, a quem cabe um papel relevante na garantia de condições justas para assegurar a competitividade do setor», afirma a presidente da Liga, Helena Pires, citada em comunicado.

Fonte: CNN Portugal

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