O governo revelou, nesta quarta-feira, que os livros da 4.ª e 5.ª classes estão a ser produzidos no país. O executivo reafirmou o seu compromisso com o sector da Educação, garantindo que o pagamento das dívidas aos professores e alfabetizadores, relativas às horas extras está em curso.
A informação foi avançada pela Ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, durante a abertura do I Conselho Coordenador do sector, que decorre sob o lema “Educação, Investigação e Cultura: Vectores Fundamentais para o Desenvolvimento Sustentável do País”.
O evento marca um momento de avaliação e projecção estratégica do sector, com enfoque na educação de qualidade, investigação científica e promoção cultural como pilares para o desenvolvimento sustentável de Moçambique.
Segundo a ministra do pelouro, as autoridades têm estado a honrar os compromissos financeiros com os profissionais e apelou mais humanismo aos professores.
“Estamos a pagar as dívidas relacionadas com as horas extras dos professores e alfabetizadores, (….) começamos a pagar 2023 e 2024 está em preparação. Começamos a pagar os alfabetizadores dores ontem (esta terça-feira). Apelamos mais humanismo, responsabilidade e respeito à lei, pois assistimos alguns professores que abandonam os alunos por causa destas dívidas, o governo está a pagar, por mais que demore, vai pagar todas as dívidas”, garantiu Samaria Tovela.
Durante a sua intervenção, a ministra revelou que já está em curso a produção dos livros escolares para as 4.ª e 5.ª classes, agora feitos a nível nacional. Para os restantes níveis de ensino, os manuais estão em fase de distribuição nos distritos.
“São duas classes que têm os livros produzidos no país, estamos a testar a capacidade nacional. Os livros para outros níveis estão a chegar, já estamos a nos preparar para recepção e distribuição nos distritos, como forma de garantir que o livro chegue cedo aos meninos nas escolas”, explicou.
Questionada pelo “O País” sobre de algumas escolas nas províncias de Maputo e Gaza, que apresentam riscos de colapso, a governante garantiu que se está a angariar recursos.
“O governo está a mobilizar recursos para intervir nas escolas de Namaacha e Chibuto e garantir a segurança dos alunos e professores”, afirmou Tovela.
No que diz respeito à província de Cabo Delgado, onde o sistema educativo tem sido duramente afectado pela violência armada, a dirigente assegurou que os alunos são recebidos em todas províncias.
Durante o I Conselho Coordenador do Ministério da Educação e Cultura que reúne quadros de todo o país até o dia 10 do mês, o governo afirmou que pretende introduzir manuais de educação moral e cívica e patriotico, artes e cultura no próximo ano lectivo para maior ocupação dos alunos e minimizar comportamentos anormais nas escolas.
Fonte: O País