Luís Freire: «As coisas parecem que não saem»

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Luís Freire, treinador do V. Guimarães, em conferência de imprensa após a derrota por 1-0 frente ao Estoril:

[Dois jogos no comando do Vitória sem conseguir vencer. O que é que lhe está a faltar para conseguir dar esse passo para conquistar os primeiros três pontos?]

«Sim, focando no jogo de hoje, que é o jogo que me interessa também comentar. Principalmente nós tínhamos com o Estoril ia tentar pressionar alto. Ia tentar pressionar agressivo, porque tem feito isso os jogos todos. Mesmo na [Estádio] Luz teve espaços que pressionou de um para um. Nós tínhamos que encontrar o homem livre, tínhamos que ser mais dinâmicos com bola, tínhamos que ser muito mais corajosos também na perspetiva de querer a bola, tal como treinamos. E soltar-nos das marcações individuais. Tínhamos de ter dinâmica, tínhamos de ter mobilidade. Quando estamos um bocadinho mais sem essa dinâmica é mais difícil. O Estoril acaba por, nos duelos, superiorizar-se um pouco na primeira parte. Tivemos duas oportunidades, o Estoril teve três ou quatro. Portanto, uma primeira parte onde não conseguimos controlar o jogo. No entanto, chegamos a intervalo zero a zero. Quando vimos da segunda parte a procurar ter mais bola também e começar a assentar o nosso jogo, sofremos logo o golo, uma perda de bola na primeira fase, praticamente. Dá o 1-0 ao Estoril, a partir daí procuramos reagir, procuramos ir à procura do nosso golo, conseguimos assentar o jogo, conseguimos chegar perto da baliza do adversário. Tivemos algumas situações para fazer o golo. Temos um golo que é bem anulado e temos um lance que é a grande penalidade. Não há dúvidas nenhumas que é a grande penalidade e prejudica-nos nesse sentido.»

«Mas, principalmente, nós temos de ter mais energia no campo. Se queremos que as coisas invertam, nós temos de fazer por isso. Não vale a pena estar à espera que caia do céu. Temos de ser nós a dar a volta a isto. Temos de ser nós com mais energia, com mais fome, com um pouco mais de tudo. Nós temos de ser mais decididos naquilo que é o nosso jogo e procurar ao máximo superar os adversários. Sabemos também que o Estoril vinha num bom momento, que entrou também confiante, mas, principalmente, a nível de duelos, a nível de capacidade também de acelerar o jogo, por vezes nós tínhamos de acelerar mais o jogo. Mesmo a perder, temos de ser uma equipa mais rápida sobre o campo, quando a bola sai, quando é falta, quando é canto. Temos de mostrar inequivocamente que estamos a fazer tudo por tudo para ganhar o jogo. Portanto, é isso que eu não fiquei satisfeito com o jogo. Assumo a responsabilidade, não fiquei nada satisfeito com este jogo. Agradecer aos adeptos o apoio também que nos deram, porque não é fácil estar ao vento e à chuva e fazer esta viagem toda. Portanto, compreendo a insatisfação no final do jogo. Da minha parte e da nossa parte, equipa, vamos falar e somos nós que temos de dar a volta à questão.»

[O Vitória não vence há mais de um mês. Fazendo uma retrospetiva deste jogo, o que é que acha que consegue tirar de positivo para dar a volta a esta sequência de resultados?]

«Nós, principalmente, reagimos à adversidade depois de sofrer um a zero. Conseguimos encostar mais o Estoril  e conseguimos ter uma boa reação com bola, principalmente. Faltou-nos qualidade com bola. Temos que nos agarrar um pouco àquilo que fizemos, tanto na primeira parte com o Arouca, como nesta segunda parte, a partir do 1-0, onde nós já conseguimos encostar o adversário, já conseguimos chegar mais vezes, já conseguimos algum frisson, mas principalmente a energia e a convicção com que fazemos as coisas. Para a bola entrar é preciso muita convicção. Às vezes é difícil, as coisas parecem que não saem. Nós tivemos mais um lance no final deste jogo, já à imagem do Arouca, que podia ter dado a grande penalidade e podíamos, a partir daí, fazer o golo, mas há momentos que, e não é só de agora, já há momentos de alguns jogos para cá que a equipa não ganha e isso também não ajuda. Esse não ganhar gera falta de confiança, gera, como é lógico, uma energia um pouco mais baixa. Mas nós temos que reagir à adversidade claramente. E no próximo jogo a nossa grande tarefa é entrar com outra atitude. No próximo jogo temos de entrar de outra forma.»

Fonte: Mais Futebol

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