Declarações de Luís Freire, treinador do Vitória de Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o empate (2-2) frente ao Arouca:
«Claro que estamos frustrados, estávamos a ganhar 2-0 numa boa primeira parte. Entrámos bem, era importante, a equipa queria, os jogadores trabalharam e queriam dar uma excelente resposta. Mostrámos um pouco o que os jogadores conseguem fazer quando se sentem confiantes e quando as coisas começam a sair. O resultado ao intervalo é justo, mas na segunda parte tínhamos o jogo controlado e sofremos o 2-1 numa perda de bola em zona proibida. A partir daí muda o jogo para nós, já nos aconteceu estar a ganhar 2-0 e sofrer o empate. Perdemos o discernimento, o jogo ficou partido, um jogo descontrolado emocionalmente. Temos de jogar muito mais como na primeira parte, em organização. Acabaram por perder o foco na organização, a querer saltar à frente. Essa quebra de controlo emocional originou o jogo partido».
[Sofre uma vez mais dois golos quando a equipa parecia estar confortável. Dois lances em que deixam dúvidas…] «Não vi os lances, o que me disseram é o que acabou de dizer. Se for verdade, se é real, são dois lances que nos prejudicam, que é o que não precisamos. Vamos agarrar ao que controlamos. Temos capacidade para fazer mais o que fizemos na primeira parte e não o que fizemos na segunda». [Contornar os erros no ataque à profundidade] «Tivemos mais dificuldades na segunda parte a controlar a profundidade, também porque jogámos com três jogadores que não estão na melhor fase fisicamente, o Zé Carlos, o Maga e o Borevkovic: o Zé Carlos acabou por sair já no limite. Vamos trabalhar nesse sentido, está identificado, há também aqui uma vertente tática aliada à falta de controlo emocional». [Mercado: Manu e Kaio César podem sair?] «Sobre o mercado não me compete falar. Temos muita coisa a fazer, o meu foco é na equipa, dar confiança e ajudar a que se sinta confiante e capaz». [Substituições de Tiago Silva e Nino Santos] «Estávamos a perder muitas bolas e critério na zona central, queríamos ter capacidade física para conseguir transportar bola com o Samu. Em relação ao Nuno Santos acaba por ser normal, na minha visão. Foi na tentativa de dar mais capacidade ofensiva à equipa.» [Instabilidade emocional. O que pode ser feito?] «A sequência pesou um pouco. Estar a ganhar 2-0 e empatar faz-se sentir. Durante a semana os jogadores estão com muito união, com a postura certa no trabalho. Mas, às vezes, quando queremos muito dar passos à frente, na direção da bola, damos espaço. Ao caminhar para a bola fomos abrindo espaços que o Arouca aproveitou».Fonte: Mais Futebol