Luta contra corrupção volta ao centro do discurso presidencial

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foto: o País

Por: Gentil Abel

O Presidente da República, em pronunciamento na terça-feira em Metuchira, distrito de Nhamatanda, província de Sofala, renovou a determinação do Governo em enfrentar a corrupção.

Tem sido recorrente os presidentes iniciarem seus mandatos com discursos firmes contra a corrupção. Desde o saudoso Samora Moisés Machel até o actual Presidente da República, Daniel Chapo, a promessa de combater a corrupção tem sido uma constante. No entanto, o mais grave nesta luta é quando os próprios governantes, que fazem discursos alertando contra a corrupção, acabam se envolvendo em esquemas corruptos.

Essa contradição mina a confiança pública e dificulta os esforços para estabelecer uma governança transparente e responsável. A corrupção não só desvia recursos que poderiam ser usados para o desenvolvimento do país, mas também enfraquece as instituições e prejudica a moral da sociedade.

A título de exemplo o escândalo das dívidas ocultas, que mais marcou o país que foi revelado ao mundo em 2016, teve um impacto devastador, tanto no plano económico como na imagem do país a nível internacional. Como consequência, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e outros parceiros suspenderam os seus financiamentos, mergulhando o país numa crise financeira profunda. O metical desvalorizou-se de forma acentuada, os preços dos produtos e serviços dispararam, e os níveis de pobreza aumentaram drasticamente. Os serviços públicos, especialmente nas áreas de saúde e educação, sofreram gravemente efeitos que o povo Moçambicano sente até hoje.

Para combater efetivamente a corrupção, não pode ser feita apenas com discursos, é preciso acções concretas para mudar o rumo do país, ou seja, é preciso ir além das palavras é essencial que haja:

Transparência: Implementação de mecanismos que permitam a fiscalização das ações governamentais.

Responsabilização: Garantir que todos, independentemente de sua posição, sejam responsabilizados por atos corruptos.

Educação: Promover uma cultura de integridade e ética desde a base da sociedade.

Participação Cívica: Encorajar os cidadãos a participarem ativamente na denúncia e combate à corrupção.

Somente com um compromisso genuíno e ações concretas de todos os setores da sociedade será possível vencer essa batalha e construir um futuro mais justo e próspero

No entanto, o pronunciamento do Presidente da República em Metuchira, distrito de Nhamatanda, marca mais um passo firme na reafirmação do compromisso nacional com a integridade e a justiça. Ao renovar mais uma vez a determinação do Governo em enfrentar a corrupção, o Chefe de Estado não apenas reforça a esperança do povo moçambicano por um país mais justo e transparente, mas também envia uma mensagem clara de que o tempo da impunidade deve acabar. Num contexto em que a confiança nas instituições públicas precisa ser restaurada, esta posição representa um sinal de liderança responsável e de prioridade na defesa do bem comum.

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