Segundo um relatório da agência das Nações Unidas, consultado hoje pela Lusa, entre 25 de Agosto e 9 de Setembro, a intensificação da violência e o medo crescente provocados por Grupos Armados Não Estatais levaram à fuga de aproximadamente 796 famílias. Deste total, 2.158 pessoas (611 famílias) deslocaram-se dentro do distrito de Muidumbe entre 25 de Agosto e 8 de Setembro, enquanto 766 pessoas (185 famílias) saíram de Mocímboa da Praia ou se movimentaram dentro do distrito para Mueda entre 7 e 8 de Setembro.
A OIM indica ainda que continua a acompanhar em tempo real os movimentos da população, para apoiar o planeamento humanitário e garantir respostas baseadas em dados concretos.
Esta nova vaga de violência surge após os ataques registados no final de Julho, que provocaram mais de 57 mil deslocados no distrito de Chiúre. Desde então, a província tem enfrentado um aumento de incursões armadas, com incidentes reportados em Chiúre, Muidumbe, Quissanga, Ancuabe, Meluco e, mais recentemente, em Mocímboa da Praia.
No último dia 6 de Setembro, pelo menos seis pessoas foram mortas e várias machambas foram saqueadas durante um ataque em Muidumbe. Já no domingo, um outro ataque em Mocímboa da Praia resultou em quatro mortes.
O Governo moçambicano lamentou os episódios de violência e garantiu que as Forças de Defesa e Segurança permanecem activas na região, com operações coordenadas pelos ministros da Defesa e do Interior.
Fonte: O País