Mais dois doentes e terceira província com casos de mpox em Moçambique

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No mais recente boletim diário da evolução da doença, divulgado pela Direção Nacional de Saúde Pública e consultado pela Lusa, com dados de 11 de julho a 04 de agosto, além do acumulado de 31 positivos, é referido que a doença continua a não apresentar letalidade, sem registo de óbitos até ao momento.

 

Os dois novos casos registados nas últimas 24 horas foram confirmados na província de Manica, nos distritos de Chimoio e Machaze. Houve ainda registo de 13 novos suspeitos no mesmo período, nas províncias de Niassa – epicentro do atual surto, distrito de Lago -, Gaza e na cidade de Maputo, estando 58 contactos em seguimento pelas autoridades de saúde.

Até ao momento, as autoridades sanitárias contabilizam 28 casos de mpox no Niassa (norte), dois em Manica (centro) e um na província de Maputo (sul).

Moçambique vai receber em setembro vacinas para conter um possível cenário de alastramento de casos de mpox, anunciou hoje o Governo.

“O Ministério da Saúde, a partir do próximo mês, estará a receber um determinado tipo de vacina para garantir que fica de alguma forma em ‘stock’ para, em casos de prevenção e aconselhamento, possa utilizar, nos casos mais adequados”, disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, respondendo a perguntas de jornalistas no fim da reunião semanal daquele órgão, em Maputo.

As autoridades moçambicanas anunciaram na semana passsada um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação de casos de mpox.

“Não há neste momento restrição à mobilidade das pessoas e bens, o que temos estado a fazer e recomendamos – e que estamos a trabalhar em conjunto com as outras instituições – é o reforço da vigilância nas áreas transfronteiriças”, disse o diretor Nacional de Saúde Pública, em conferência de imprensa em Maputo, na qual vincou também a aposta no rastreamento comunitário como melhor método para travar a propagação.

“Infelizmente, este não é um trabalho muito fácil, como devem perceber, o nosso país tem aquelas fronteiras formais onde conseguimos colocar colegas em vigilância, mas também tem vários pontos que são usados para a entrada e saída e muitas vezes não estão sob nosso controlo e aí é um grande desafio”, acrescentou Quinhas Fernandes.

As autoridades sanitárias garantiram também que Moçambique está preparado para lidar com o mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado mais de 150 neste surto.

A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.

O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.

Moçambique tem agora capacidade para testar em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública, disse.

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Fonte: Notícias ao Minuto

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