O empresário encerrou apresentação de um estudo que analisou as contas do clube desde a época desportiva de 2011/12
O empresário Marco Galinha deixou esta sexta-feira críticas à liderança de Rui Costa no Benfica, insistindo numa ideia: transparência na gestão. O estudo sobre a Análise Económico-Financeira das contas do Benfica, pedido por vários sócios, incluindo Galinha, foi apresentado, em Lisboa, e tirou várias conclusões sobre o modo de gestão da direção encarnada, nomeadamente da presidida por Rui Costa.
Entre outras coisas, que pode ler na notícia associada acima, o estudo, que analisou as contas do clube desde a época desportiva de 2011/12, afirma que o clube da Luz, desde então, ficou com um prejuízo financeiro de 47 milhões de euros, 38 milhões dos quais foram acumulados nos últimos três anos, durante a direção de Rui Costa.
«Este estudo é serviço público, é um exemplo de transparência e a verdade nunca teve momento. A verdade e a transparência somente têm uma direção: razão e emoção. No futebol, a razão é a verdade, a transparência é a seriedade. O Benfica é a razão, a transparência e a luz. E a emoção são as vitórias do nosso clube. Mas nós, para ter as vitórias recorrentes, precisamos de ter razão primeiro. Este estudo demonstra coragem, demonstra que podemos fazer mais e melhor. Unidos, nós fazemos a força. Sim, a união é muito importante no Benfica Este estudo demonstrou indicadores que o Benfica pode melhorar e muito. Nós não podemos esquecer: sem boa gestão, não há poder económico. Sem ambição, não há glória. Sem glória, não há Benfica. E isso nunca, jamais pode acontecer», começou por dizer, ele que ainda estuda uma eventual candidatura à presidência do Benfica.
«Sem liberdade e liderança financeira, vamos sempre começar qualquer época a perder. E gostava de reafirmar, caros benfiquistas, o Benfica é a união. É urgente levantar o Benfica. Podemos e devemos fazer muito melhor. O Benfica é um dos maiores clubes do mundo e nós temos de estar a essa altura. Temos de honrar o nosso passado. O passado de Mário Coluna, de Eusébio, de Chalana e de todos os outros que por aqui passaram, sejam eles jogadores, treinadores ou presidentes. Mas também queremos um Benfica campeão na gestão, mas parece que isso hoje em dia não interessa. Na transparência, no governance, na liderança. Houve um grande empresário português que me disse ‘Marco, não contes com muita seriedade e transparência no mundo do futebol’. Isso é um erro, é exatamente o futuro do mundo do futebol. É com transparência, seriedade, governance. Não há outro. E não é nas redes sociais, com truques e malabarismos, que nós tratamos do futuro da união, que é o Benfica», sublinhou, reafirmando: Gostava de deixar muito claro, é que isso também são vitórias. As vitórias do futuro também são na gestão, na transparência, no governance. »
«O Benfica teve também outro grande exemplo durante a escuridão neste país. Durante a ditadura, o Benfica sempre foi um exemplo de democracia, coragem e determinação. A ditadura nunca conseguiu anular a democracia do Benfica. Portanto, resta-me agradecer a todos vocês, a este grupo de benfiquistas, que é a única causa de estarmos aqui hoje», completou.
Fonte: A Bola
