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Wednesday, November 5, 2025
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Marketing no desporto: especialistas recomendam profissionalização nas organizaçōes desportivas

Resumo

O desporto moçambicano precisa de profissionalizar o marketing e aproveitar melhor os meios de comunicação para valorizar e tornar rentável várias modalidades, segundo Sérgio Marcos e João da Diamantina. Especialistas destacaram a importância do marketing e media no crescimento desportivo, enfatizando a geração de renda para clubes e atletas. Sérgio Marcos defendeu a mudança de paradigmas no marketing desportivo, realçando a necessidade de estudos profundos e honestidade nos diagnósticos para alcançar resultados diferentes. Ambos especialistas sublinharam a importância de trabalhar com dados para criar modelos sustentáveis no desporto moçambicano, visando a rentabilidade através da publicidade e marketing.

O desporto moçambicano deve profissionalizar o sector de marketing e tirar maior proveito da media para conseguir acrescentar valor e tornar rentável a prática de várias modalidades. A posição foi avançada pelo experiente jornalista Sérgio Marcos e pelo especialista em marketing e publicidade João da Diamantina, no âmbito das segundas jornadas do desporto realizadas em Maputo.

Por Redacção LanceMZ

Nos dias que correm ao nível mundial o marketing e a media desempenham um papel fundamental no crescimento da prática desportiva, particularmente no que diz respeito à geração de renda para clubes e atletas envolvidos na prática de várias modalidades. Foi com base nestas premissas que o tema foi levado à discussão nas segundas jornadas científicas do desporto realizadas em Maputo na última sexta-feira, 31 de Outubro.

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Especialistas em marketing e comunicação destacaram a necessidade de tornar o desporto moçambicano numa marca reconhecida e que gere renda, ou seja, se torne auto-sustentável através da publicidade lucrativa. Nesta senda, Sérgio Marcos, jornalista desportivo, um dos prelectores do workshop, defendeu a mudança de paradigmas no marketing e comunicação desportiva no país, alertando que as soluções não vêm do dia para noite.

 

“Não há nada que se construa num dia, de um dia para outro, não há soluções de dia para noite, é preciso todos termos consciência de que uma coisa é certa, como estamos hoje não funciona para ninguém, não temos sustentabilidade e então todos nós temos que dar passos proactivos nesse sentido, é preciso construirmos em função de um conhecimento comprovado do que é a realidade do nosso país, do nosso mercado, construir dados que nos possam conduzir a tomar decisões certas sobre os modelos de desporto, de sustentabilidade do desporto que nós queremos construir para Moçambique”, referiu Sérgio Marcos.

 

Para o experiente jornalista moçambicano, há necessidade de se realizar estudos profundos sobre a questão do marketing desportivo no país, isto se o objectivo for atingir resultados diferentes dos actuais.

 

“É preciso estudar, é preciso método, é preciso ser honesto naquilo que são os nossos diagnósticos e aquilo que são as propostas de solução, porque honestamente penso que o grande problema que nós temos é a situação em que estamos ser conveniente para algumas pessoas, e essas pessoas têm poder, estão no topo das associações desportivas e podem não estar a facilitar muito o processo de mudança, foi um conjunto de propostas no sentido de que o que há a fazer em Moçambique é, acima de tudo, trabalhar com dados, capacidade de elaborar dados, processar os dados e com os dados nós podemos construir os modelos mais adequados para criar sustentabilidade nos nossos eventos desportivos e na vida das nossas associações desportivas”, apontou Sérgio Marcos.

 

Para se trabalhar na questão da rentabilidade através da publicidade e do marketing no desporto, o especialista e representante da Agência Golo no workshop, João da Diamantina, começou por apontar os desafios do desporto para que se torne uma actividade rentável para os seus principais intervenientes.

 

“Há muitos desafios a nível do marketing. O primeiro desafio nem tem nada a ver com marketing, tem a ver com como olharmos o desporto, o desporto gera muito valor, não só a nível do desporto, mas há outras áreas que são chamadas, que é, por exemplo, temos lá, gerem preços para cameraman, para designers, (3:38) para merchandising, serigrafias, muitas outras áreas que nem seria capaz aqui de nomear todas, e essas todas as áreas meio que não estão, nesta altura, não estão contempladas porque o desporto está a ser olhado como um mero espetáculo, mas não é um espetáculo. Há muitos desafios a nível do marketing, há muitos desafios a nível de construção de marcas, por exemplo, temos o nosso maior campeonato que é o próprio Moçambola, há muito o que se fazer nas equipas, no próprio Moçambola, há muito o que se fazer a nível dos atletas, há muito o que se fazer a nível dos próprios campos”, considerou João da Diamantina.

Da Diamantina, frisou que sem uma estratégia comunicacional o crescimento do desporto será invisível, reforçando que federações, associações, clubes devem incluir departamentos de marketing com pessoal especializado em marketing no desporto, apelando ainda para que os atletas tenham presença na esfera digital de forma estruturada.

“É basicamente isso, o que acontece é que, se calhar, o calcanhar de Aquiles é que o marketing não é uma área isolada, é uma área que deve ser tratada como uma parte integrante de uma cadeia de valor muito grande. Então, se calhar, o primeiro desafio é o que eu disse, olhar como uma área muito profissional, os jogadores têm essa tendência, os jogadores só começam a se considerar profissionais quando estão fora do Moçambique, primeiro, temos que, a nossa casa, primeiro, temos que fazer com que os jogadores se considerem atletas a nível de competir internacionalmente, primeiro. E, segundo, temos que fazer, a nível dos clubes, mais do que um marketing bonito, mais do que um marketing só para estampar, para se ver, é preciso criar valores em cada clube, o que é que representa, por exemplo, cada clube”, considerou o publicitário.

 

As segundas jornadas científicas do desporto, realizaram-se sob o lema “contribuição do desporto para o PIB” e contaram com a participação de renomados empresários moçambicanos, dirigentes desportivos de várias épocas, entre outros convidados pelo Instituto Nacional do Desporto (INAD) que organizou a iniciativa. (LANCEMZ)

Fonte: Lance

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