O cenário é ainda mais preocupante para as parturientes que, em caso de complicações no parto, têm de ser evacuadas para unidades sanitárias da cidade de Maputo, colocando em risco as suas vidas e dos seus bebés.
Cesaltina Jofrise, gestante residente de Matutuíne, manifestou satisfação com a prestação dos serviços gerais no distrito, que antes exigiam deslocação à cidade de Maputo. Contudo, destacou a urgência da afectação de pelo menos um cirurgião.
“Devem colocar um cirurgião, porque complicações no parto surgem à qualquer momento. Houve uma mulher que perdeu o bebé por causa de uma hemorragia que se agravou no trajecto para o Hospital Central de Maputo. Não gostaria que o mesmo me acontecesse”, contou.
A unidade sanitária foi inaugurada em Janeiro e,segundo a directora do hospital, Alcinda Manjate, a indisponibilidade de serviços especializados é causada pela escassez de recursos humanos.
“Começámos a prestar cuidados básicos à população, mas em algumas áreas especializadas não há pessoal, estando em contratação. Actualmente, atendemos mais no Banco de Socorros, estomatologia e maternidade, além derealizarmos consultas de psiquiatria”, afirmou.
Majante acrescentou que os serviços em falta serão prestados à medida que os profissionais de saúde chegarem à unidade sanitária. Destacou ter sido concluído o processo de contratação de médico cirurgião-geral, aguardando apenas o visto do Tribunal Administrativo.
Fonte: Jornal Noticias