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Tuesday, December 23, 2025
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MDM Defende Criação do Tribunal de Contas Para Reforçar Controlo da Despesa Pública

Resumo

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) defende a aprovação urgente do Tribunal de Contas para reforçar o controlo da despesa pública, combater a corrupção e melhorar a gestão financeira do Estado. O MDM destaca a importância da autonomia do Tribunal de Contas para garantir decisões céleres e eficazes na responsabilização financeira. O partido propõe que o Tribunal de Contas fiscalize diretamente a despesa pública e abra processos criminais em caso de irregularidades, algo que considera que o sistema atual não consegue fazer de forma eficaz. O MDM alerta para os impactos negativos da corrupção no desenvolvimento nacional, desviando recursos essenciais de setores como saúde, educação e infraestruturas, agravando a pobreza e a ineficiência da administração pública.

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) defende a aprovação urgente do Tribunal de Contas como instrumento estruturante para reforçar o controlo da despesa pública, combater a corrupção e aumentar a eficácia da gestão financeira do Estado, num contexto em que a fragilidade institucional continua a comprometer objectivos de crescimento económico e bem-estar social.

Tribunal de Contas Como Pilar de Autonomia do Controlo Financeiro

O Movimento Democrático de Moçambique encoraja a Assembleia da República a viabilizar o projecto de lei que prevê a criação do Tribunal de Contas, entendendo que a medida poderá fortalecer o combate à corrupção e permitir uma fiscalização mais eficaz da despesa pública.

A posição foi reiterada recentemente, em Maputo, pelo chefe da bancada parlamentar do MDM, Fernando Bismarque, que defende a necessidade de o Parlamento proceder, com urgência, à revisão dos artigos 222 e 227 da Constituição da República, de modo a acomodar juridicamente a criação desta instância.

Segundo o MDM, o Tribunal de Contas deverá dispor de autonomia reforçada, separando-se da jurisdição administrativa, o que permitiria decisões mais céleres, eficazes e tecnicamente orientadas para a responsabilização financeira.

Fiscalização Directa e Responsabilização Criminal

Na perspectiva do partido, o Tribunal de Contas teria a função de fiscalizar directamente a despesa pública e, sempre que se constatassem irregularidades, abrir processos criminais, algo que, no entendimento do MDM, o actual sistema institucional não consegue assegurar com a devida celeridade e eficácia.

Fernando Bismarque sustenta que a corrupção deve ser encarada como um acto ignóbil que bloqueia o desenvolvimento nacional, ao desviar recursos essenciais de sectores críticos como a saúde, a educação e as infra-estruturas, agravando a pobreza, a insegurança e a ineficiência da administração pública.

Impactos Económicos e Fragilidade Institucional

O deputado sublinha que a normalização do desvio de fundos públicos, observada em vários sectores estratégicos do Estado, incluindo áreas ligadas à governação financeira e fiscal, compromete qualquer objectivo de crescimento económico sustentável, deixando a população mais vulnerável.

Para o MDM, a corrupção não é um fenómeno abstracto, mas uma realidade concreta com impactos directos no tecido socioeconómico, corroendo a confiança institucional, minando a dignidade humana e agravando a fragilidade social.

Governação Financeira e Credibilidade Económica

Do ponto de vista económico, a proposta de criação do Tribunal de Contas insere-se num debate mais amplo sobre qualidade institucional, disciplina orçamental e credibilidade do Estado. Num contexto de restrições fiscais, elevado endividamento e pressão sobre as finanças públicas, o reforço dos mecanismos de controlo e responsabilização surge como condição necessária para melhorar a eficiência do gasto público e restaurar a confiança dos cidadãos, investidores e parceiros internacionais.

A viabilidade política e constitucional da proposta determinará, contudo, se esta iniciativa se traduzirá num verdadeiro instrumento de reforma estrutural ou se permanecerá no plano do discurso político, num ambiente em que a percepção de impunidade continua a representar um custo económico elevado para o País.

Fonte: O Económico

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