Um dia depois da passagem do ciclone Chido pelo distrito de Mecúfi, em Cabo Delgado, a imagem era de uma razia causada pela força do vento no dia 15 de Dezembro do ano passado, que atingiu 260 km/h. “Quando fizemos o balanço depois do ciclone, no dia 16 de Dezembro, fomos ver que o distrito foi afectado a 100%, mas, depois da intervenção dos nossos parceiros, o Governo principalmente, registámos 76 mil habitantes que foram afectados. Através da Saúde, fizemos o levantamento de 200 perdas humanas no distrito de Mecúfi”, disse Fernando Neves, administrador de Mecúfi.
Com este grau de destruição, a população do distrito de Mecúfi passou a depender de ajuda para reerguer a sua vida. “Houve distribuição de chapas de zinco, barrotes, houve construção de uma casa de trânsito para aquelas pessoas que não tinham possibilidades, como é o caso de deficientes, idosos e mulheres chefes de família, e, à medida que os apoios vêm, vamos dando aquilo que a população necessita para a sua habitação”, acrescentou o governante.
Depois daquele acontecimento, o então Presidente da República, Filipe Nyusi, deu ordens para que a reconstrução obedecesse ao ordenamento territorial para melhor orientar a ocupação do solo, fora das zonas de risco.
“Este processo está sendo feito. Foi um comando. Iniciamos com duas comunidades-piloto, a comunidade de Sassalane e a comunidade de Maweia. O processo está em curso. Neste momento, foram abertas 25 ruas para atendermos o ordenamento territorial. E, como é um processo contínuo, o distrito está a continuar para que todas as comunidades elegíveis no distrito tenham o ordenamento territorial.”
O edifício onde funciona a administração do distrito, que estava totalmente destruído, assim como o Centro de Saúde de Mecúfi, estão numa fase avançada de reconstrução.
Fonte: O País