Resumo
Os mercados financeiros internacionais encerraram em terreno maioritariamente positivo a sessão de quinta-feira, 11 de dezembro de 2025. Os índices acionistas dos EUA atingiram máximos históricos, com o Dow Jones a subir cerca de 1,3% e o S&P 500 a avançar cerca de 0,9%, enquanto o Nasdaq teve uma ligeira correção devido à pressão sobre empresas tecnológicas. Na Bolsa de Joanesburgo, os principais índices também registaram ganhos, impulsionados por setores como bancário, consumo e mineração. A política monetária acomodatícia da Reserva Federal dos EUA foi um dos principais impulsionadores dos mercados, com a indicação de que o ciclo de ajuste das taxas de juro pode estar perto do fim, aumentando o apetite pelo risco.
Wall Street Fecha Em Alta, Nasdaq Em Pressão
Na sessão de quinta-feira, o Dow Jones Industrial Average avançou cerca de 1,3%, enquanto o S&P 500 subiu cerca de 0,9%, ambos em máximos de fecho. Por seu turno, o Nasdaq Composite apresentou uma ligeira correcção, sobretudo devido à pressão sobre empresas tecnológicas e revisões de expectativas corporativas, que têm acentuado a selectividade dos investidores neste segmento.
A rotação entre sectores foi clara, com financeiros e industriais a registarem ganhos mais consistentes, contrastando com a performance mais fraca das grandes tecnológicas.
Bolsa de Joanesburgo Com Ganhos Expressivos na Sessão de 11 Dezembro
A Bolsa de Joanesburgo (JSE) negociou a sessão de quinta-feira com desempenho positivo, com os principais índices em terreno favorável:
Empresas de sectores como bancário, consumo e mineração estiveram entre as que contribuíram para os ganhos do índice, enquanto outras acções mais sensíveis ao ciclo económico também registaram desempenhos positivos na sessão.
Este movimento positivo surge num mês em que a JSE tem visto uma actividade de listagens e produtos financeiros a crescer, com a adição de novos ETFs e instrumentos negociados, o que contribui para a liquidez e profundidade do mercado.
Política Monetária Mantém Apetite Pelo Risco
A principal narrativa a sustentar os mercados globais foi o enquadramento acomodaticio apontado pela Reserva Federal dos EUA, que sinalizou que o ciclo de ajuste das taxas de juro pode estar próximo do fim, abrindo espaço para uma orientação mais branda em 2026.
Esse posicionamento levou a uma descida das yields das obrigações do Tesouro norte-americano e a um enfraquecimento do dólar frente a outras moedas, criando um ambiente favorável para activos de risco — tanto nos mercados desenvolvidos como em emergentes, incluindo o Sul de África.
Em Joanesburgo, o rand sul-africano mostrou resiliência relativa em períodos recentes de negociação, acompanhando a correlação com as expectativas globais sobre política monetária sem grandes rupturas, o que beneficia o apetite por acções listadas na JSE.
Balanço Da Semana: Consolidação De Ganhos Globais
No acumulado da semana, os principais índices norte-americanos registaram ganhos moderados, com destaque para o Dow Jones após a rotação para sectores tradicionais. O S&P 500 consolidou máximos, enquanto o Nasdaq apresentou desempenho mais contido.
Do lado africano, a performance semanal da JSE foi positiva, refletindo não apenas o ímpeto global mas também factores idiossincráticos do mercado local — como liquidez e nova oferta de produtos financeiros que ampliam o espectro de opções para investidores domésticos e estrangeiros.
Perspectivas: Dados Macro, Juros e Sentimento De Mercado
Para a semana que se segue, a tendência global deverá refletir uma combinação de:
No curto prazo, manter-se-á uma ênfase em rotatividade sectorial, maior selectividade e sensibilidade aos dados económicos e corporativos, tanto em Wall Street como na JSE.
Com Wall Street a encerrar a semana em máximos históricos e a Bolsa de Joanesburgo a acompanhar a tendência global com ganhos expressivos, os mercados entram na segunda metade de Dezembro num ambiente onde o optimismo monetário se mistura com cautela económica — exigindo uma leitura fina dos dados e dos sinais da política monetária global em curso.
Fonte: O Económico
