Ministro Américo Muchanga Defende Inclusão Digital e Inteligência Artificial como Motores do Desenvolvimento Nacional

Maputo, 27 de Agosto de 2025 – No âmbito da Feira Internacional de Maputo (FACIM), o Ministro da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Digital, Américo Muchanga, defendeu hoje a transformação digital como um dos principais vectores para o crescimento económico e social de Moçambique. Na sua intervenção, o governante destacou iniciativas prioritárias do Executivo, como a implementação da assinatura e identidade digital, a expansão da internet para zonas rurais, a criação de plataformas de pagamento electrónico, a instalação de praças digitais e a disponibilização de conteúdos digitais para a educação, com particular ênfase no livro escolar digital.

Segundo o ministro, estes investimentos visam democratizar o acesso à tecnologia e assegurar que nenhum moçambicano fique excluído da revolução digital. Prosseguiu destacando os avanços na digitalização de serviços de saúde e na introdução de sistemas tecnológicos que facilitam o comércio internacional, afirmando que estas acções colocam o país num caminho sólido rumo à modernização e competitividade global.

A inteligência artificial mereceu especial destaque no discurso do governante. De acordo com Muchanga, esta tecnologia apresenta um potencial transformador para solucionar problemas complexos da sociedade e impulsionar o empreendedorismo nacional. Entretanto, advertiu para os riscos do seu mau uso, sobretudo no sector da educação: “A inteligência artificial pode transformar sectores inteiros, mas exige responsabilidade e ética, para que não se torne um obstáculo ao invés de uma solução”, alertou. Concluiu desafiando os expositores a regressarem, na próxima edição da FACIM, com propostas mais inovadoras e robustas nesta área.

Após o discurso do ministro, os expositores presentes partilharam as suas perspectivas e iniciativas. Por sua vez, Misi Mtandika, Gestora de Relações Públicas da Huawei Moçambique, reafirmou o compromisso da empresa com o desenvolvimento digital do país, recordando marcos importantes como a construção do primeiro centro nacional de dados em Maluana, em 2015, a modernização da rede móvel até à tecnologia 5G e o plano de construção de um centro de dados avançado em 2025.

Já na óptica da educação, Laércio Mondlane, da Dondzalandia, apresentou o projecto de escolas digitais rurais em Mandlakazi, um modelo replicável que integra tecnologia educativa em comunidades carenciadas. Nesse sentido, defendeu a integração desta iniciativa nas infra-estruturas do Governo para maior impacto social.

No mesmo sentido de inovação, Klesia Luís Chiwissa, Directora de Operações da KLC Tecnologia e Inovação, apresentou a KLC Market, plataforma de comércio electrónico que visa oferecer segurança, eficiência e maior alcance a vendedores que hoje operam apenas através de redes sociais.

Por fim, Momed Adamo, representante da Yango, destacou a relevância da empresa na mobilidade urbana moçambicana e anunciou planos para expandir os serviços da plataforma para o comércio electrónico e entregas digitais, expressando ainda o desejo de se tornar parceiro estratégico do Governo no processo de transformação digital.

A ênfase do Governo e das empresas na inovação e digitalização confirma a FACIM como um espaço privilegiado para a construção de parcerias estratégicas e para a promoção de um futuro cada vez mais digital e inclusivo em Moçambique.