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Thursday, September 25, 2025
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Ministro da Defesa confirma intensificação dos ataques em Cabo Delgado

Os ataques terroristas em Cabo Delgado intensificam-se. Grupos armados continuam a raptar civis e saquear comunidades para sustentar a sua máquina de guerra. O ministro da Defesa admite o agravamento da situação e revela que os malfeitores chegam a exigir até 200 mil meticais por resgate de reféns.

Os relatos de terrorismo em Cabo Delgado não param de chegar. Grupos armados continuam a semear terror em várias localidades do norte da província, com registo de novos ataques, pilhagens e sequestros.

Questionado sobre o problema, o ministro da Defesa Nacional confirmou que os grupos terroristas têm intensificado as suas acções, numa tentativa de garantir recursos logísticos.

“A reacção imediata dos terroristas é mesmo a de tentarem também atacar algumas zonas, particularmente em Mocímboa da Praia, em busca de mantimentos, mas também de recursos, sobretudo financeiros, para continuarem a assegurar a sua logística. E, nesta intenção de assegurar a sua logística, quando conseguem, raptam cidadãos nacionais para depois pedirem resgate. Infelizmente, este fenómeno, temos assistido desde os finais do ano passado… várias pessoas foram raptadas, transportadores… os transportados, na EN380, sobretudo… tem acontecido várias vezes, quando as pessoas não estão a transitar com a protecção das Forças de Defesa e Segurança”, explicou Cristóvão Chume, ministro da Defesa.

Segundo o ministro, os raptos têm sido uma táctica recorrente desde o final de 2024. Cidadãos, sobretudo transportadores e passageiros que circulam sem protecção das Forças de Defesa e Segurança, são alvos preferenciais.

Questionado sobre os 300 desmobilizados que estiveram destacados em Catupa e que, após um ano de combate, foram retirados da base sem nenhum pagamento, Chume diz que aguarda um relatório detalhado das Forças Armadas para esclarecer os factos.

“Eu prefiro, em relação a este assunto, aguardar o relatório que solicitei às Forças Armadas, para podermos, com maior propriedade e objectividade, responder ao público, porque é preciso também respondermos ao público, mas, como eu disse durante a nossa alocução aqui, nas Jornadas Científicas da Universidade Pedagógica, o momento de desmobilização acontece por iniciativa do militar ou por iniciativa das Forças Armadas, quando chegam à conclusão de que este militar não reúne perfil para continuar nas Forças Armadas. Do que eu sei, grande parte dos jovens têm pedido para não voltar às Forças Armadas”, explicou.

O ministro acrescentou que, de acordo com a legislação vigente, militares desmobilizados não podem ser readmitidos ao serviço, excepto por convocação oficial do Ministério da Defesa, algo que não ocorreu durante o seu mandato.

Cristóvão Chume falava após participar em Jornadas Científicas da Universidade Pedagógica de Maputo, onde abordou o legado da libertação na construção da paz e cidadania activa.

Fonte: O País

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