O governante sublinhou que a realização da conferência não poderia ser mais oportuna, por alinhar-se com as prioridades estratégicas do Governo, que no plano quinquenal 2025-2029 elegeu o crescimento económico produtivo e inclusivo como um dos seus pilares centrais.
Tivane, recordou que, apesar dos avanços, o sector segurador em Moçambique ainda enfrenta desafios significativos. Dados do Banco de Moçambique revelam que apenas 17% da população possui algum tipo de seguro, sendo a taxa de posse maior entre homens do que entre mulheres. Além disso, persiste uma grande disparidade entre zonas rurais e urbanas no acesso a produtos financeiros, anotou.
Segundo o orador, a taxa de penetração de seguros na economia moçambicana situa-se actualmente em 1,2% do PIB, contrastando com a média de cerca de 4% registada nos países membros da ASEL. “Daí a necessidade de acelerarmos os passos para equalizarmos e darmos saltos qualitativos do ponto de vista do acesso a produtos de seguro”, acrescentou.
Outro destaque na intervenção do dirigente foi o enquadramento do evento no contexto internacional. Segundo anotou, em Julho, Moçambique assumiu a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e o encontro da ASEL foi apontado como mais uma prova do compromisso do país com a cooperação regional.
Entre os temas centrais em debate, o destaque foi para o papel da inteligência artificial na estruturação de produtos de seguro, as mudanças climáticas e o seu impacto no sector produtivo, bem como a necessidade de estruturar respostas adequadas às diferentes realidades da economia.
A Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM, IP), Ester dos Santos José, que passa a presidir a associação em substituição da Região Administrativa Especial de Macau, manifestou a expectativa de que Moçambique contribua de forma decisiva para o fortalecimento do mercado segurador nacional e da lusofonia. “Esperamos que o país dê o seu contributo para o desenvolvimento do mercado segurador nacional e dos países da lusofonia”, afirmou.
A conferência encerrou com uma nota de confiança de que os debates resultarão em propostas concretas para fortalecer o mercado segurador, promover a inclusão financeira e acompanhar os grandes projectos de recursos naturais em curso no país.
Fonte: MEF