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Thursday, October 16, 2025
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Moçambique Acolhe II Fórum Africano de Financiamento do Risco de Desastres Climáticos

Resumo

Maputo acolheu o II Fórum Africano de Financiamento do Risco de Desastres Climáticos, onde representantes discutiram soluções inovadoras para a resiliência climática em África. Moçambique, vulnerável a mudanças climáticas, destaca-se pelo uso de mecanismos como o seguro soberano da ARC para responder a desastres. Parceiros como o BAD e o PMA apoiam projetos de resiliência, beneficiando milhares de pessoas. O ARC elogiou Moçambique pela liderança na gestão de riscos e pelo uso eficaz do seguro soberano. A cooperação entre entidades resultou em pagamentos significativos para comunidades afetadas por desastres climáticos. O fórum encerrou com apelos à cooperação continental e à adoção de soluções inovadoras para fortalecer a resiliência de África perante os desafios climáticos.

A capital moçambicana, Maputo, acolhe de 14 a 16 de Outubro corrente, o II Fórum Africano de Financiamento do Risco de Desastres Climáticos, um encontro que reúne representantes de governos, instituições financeiras, parceiros de cooperação e agências humanitárias para debater soluções inovadoras de resiliência face aos choques climáticos que afectam o continente.Em representação da Ministra das Finanças, na cerimónia de abertura do evento,  a Secretária Permanente do Ministério das Finanças, Albertina Fumane destacou o papel de Moçambique como um dos países mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, sublinhando a importância de mecanismos de financiamento de risco como o seguro soberano.

Segundo a dirigente, o Governo tem investido em instrumentos robustos, como o Plano de Retorno para o Financiamento do Risco de Desastres 2012-2027 e a Estratégia Nacional de Financiamento Climático, que permitem respostas rápidas e eficazes a eventos extremos. Referiu ainda que, através do seguro soberano da African Risk Capacity (ARC), Moçambique já recebeu pagamentos que beneficiaram directamente milhares de famílias afectadas por secas e ciclones, reforçando a capacidade de resposta do Estado.

Albertina Fumane realçou também o reconhecimento do Presidente da República, como campeão da União Africana para a Gestão dos Riscos de Desastres, o que reflecte o compromisso do país com a liderança e a inovação nesta área. Estes seguros são instrumentos estratégicos de antecipação, que permitem proteger os mais vulneráveis e garantir estabilidade fiscal e social, acrescentou.O Vice-presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Gabriel Manteiro, referiu que o Fórum ocorre num momento em que o continente enfrenta fenómenos cada vez mais intensos, como os ciclones Chido, Dikeledi e Judy, registados entre Dezembro de 2024 e Março de 2025.

Enalteceu a parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Programa Mundial para a Alimentação (PMA) pelo apoio na implementação de projectos de resiliência, como o seguro climático e a construção de reservatórios de água, que beneficiam mais de 500 mil pessoas nas províncias do sul de Moçambique.

Em representação da African Risk Capacity, o Presidente da organização Anthony Mothae, felicitou Moçambique pela liderança na gestão de riscos de desastres e destacou o papel do país na implementação do seguro soberano contra a seca. Sublinhou que o mecanismo ARC é um exemplo de solidariedade africana e de resposta rápida, oferecendo acesso a financiamento previsível e salvando vidas em situações de emergência.

Já, a directora Nacional do Programa Mundial para a Alimentação, Clair Conan, salientou que a parceria com o Governo de Moçambique e a ARC tem produzido resultados concretos. Recordou que, em 2024, o seguro paramétrico permitiu mobilizar 3,1 milhões de dólares para apoiar comunidades afectadas pelo ciclone Chido em Nampula e Cabo Delgado.

Em junho de 2025, novas activações de seguro resultaram em pagamentos superiores a 5,4 milhões de dólares, destinados a reforçar o apoio às famílias mais vulneráveis.

O Fórum Africano de Financiamento do Risco de Desastres Climáticos encerrou com apelos à intensificação da cooperação continental, ao fortalecimento dos mecanismos de seguro e à adoção de soluções inovadoras que garantam uma África mais resiliente, preparada e unida face aos desafios climáticos.

Fonte: MEF

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