Moçambique aposta na produção de biodiesel a partir do coco para complementar ambições no sector do LNG

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Moçambique dá um passo significativo rumo à transformação energética com um inovador projecto de produção de biodiesel a partir do coco, avançou recentemente o portal “Further Africa”. Esta iniciativa sustentável surge como componente complementar ao grande projecto de gás natural liquefeito (LNG) liderado pela TotalEnergies, recentemente reactivado após a aprovação de um empréstimo de 4,7 mil milhões de dólares pelo Export-Import Bank dos Estados Unidos.

De acordo com o portal “Further Africa”, o projecto prevê a produção anual de 5 mil toneladas de biodiesel, envolvendo directamente cerca de 3 mil pequenos agricultores das regiões de Palma e Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado. Com 400 mil novos coqueiros já plantados, esta iniciativa estabeleceu uma cadeia produtiva totalmente integrada, abrangendo desde o cultivo até ao processamento e refinamento.

A produção do biodiesel de coco não só irá garantir maior segurança energética local, como também permitirá a redução da pegada de carbono do país. “Further Africa” destaca que, além dos benefícios ambientais claros, o projecto impulsionará o desenvolvimento económico rural, criando mais de 500 empregos directos e indirectos. Os pequenos agricultores locais terão contratos de fornecimento de longo prazo e suporte técnico especializado, focado na melhoria dos rendimentos agrícolas e geração de receitas adicionais através de créditos de carbono.

Estruturado através de um veículo de propósito especial (SPV), o projecto inicialmente terá o mercado doméstico como alvo prioritário, estando alinhado com a estratégia de diversificação energética de Moçambique. O portal indica ainda que a primeira remessa de biodiesel está prevista para o primeiro trimestre de 2027.

O uso do Sistema Integrado de Alimentos e Energia (IFES) reforça a sustentabilidade e eficiência da produção agrícola, sendo reconhecido por organizações internacionais como um modelo exemplar de boas práticas, segundo reporta “Further Africa”.

Este projecto simboliza uma nova era na produção de energias renováveis no continente africano. Ao investir em biocombustíveis, Moçambique reduz a dependência de combustíveis fósseis importados e estabelece um ecossistema energético comunitário e resiliente. Como aponta o portal “Further Africa”, ao caminhar para o marco histórico de 2027, o país poderá emergir como líder regional na produção de bioenergia sustentável, complementando assim as suas ambições no sector de LNG.

Fonte: O Económico

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