O apelo do responsável surge numa altura em que Moçambique regista, em três províncias, 31 casos da doença, dos quais 13 estão recuperados, com referência de que a mpox continua a não apresentar letalidade, sem registo de óbitos.
Fernandes avançou que o número de casos suspeitos de mpox “vai tender a aumentar”, situação que, para o profissional, mostra a capacidade de vigilância das autoridades de saúde, referindo ainda ser natural a ativação de um “alerta máximo”.
“Temos, por um lado, um aumento da capacidade de suspeitar [de] casos, o que é bom do ponto de vista da vigilância, e estamos a conseguir testar todos os casos e a maior parte (…) são negativos”, referiu o dirigente.
O diretor de Saúde Pública reiterou que o país está preparado para lidar com a doença, referindo que todas as províncias moçambicanas têm capacidade para isolar casos positivos, havendo necessidade.
Moçambique vai receber em setembro vacinas para conter um possível cenário de alastramento de casos de mpox, anunciou hoje o Governo.
“O Ministério da Saúde, a partir do próximo mês, estará a receber um determinado tipo de vacina para garantir que fica de alguma forma em ‘stock’ para, em casos de prevenção e aconselhamento, possa utilizar, nos casos mais adequados”, disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, respondendo a perguntas de jornalistas no fim da reunião semanal daquele órgão, em Maputo.
As autoridades moçambicanas anunciaram na semana passada um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação de casos de mpox, apontando também o rastreio comunitário como melhor método para travar a doença.
As autoridades de saúde garantiram também que Moçambique está preparado para lidar com a mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado mais de 150 neste surto.
A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.
O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.
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Fonte: Notícias ao Minuto