O Presidente da República, Daniel Chapo, que está de visita à Zâmbia, disse que os laços entre os dois países representam uma nova era económica. “O nosso desafio é outro: transformar essa amizade histórica em prosperidade concreta, que se traduza em investimentos, negócios, empregos para a nossa juventude e a mulher e empresas sustentáveis para os nossos povos”, afirmou Chapo.
Moçambique convidou os empresários zambianos a investirem nos corredores de Nacala e Beira. “O Vale do Zambeze e o Corredor da Beira e de Nacala são territórios do futuro, pois são férteis, estratégicos e prontos para a agro-industrialização. Convido os meus irmãos empresários e as minhas irmãs empresárias da Zâmbia a explorarem connosco estas oportunidades, com acesso preferencial aos mercados da SADC, da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) e aos mercados globais como os Estados Unidos, a União Europeia, a Índia e a China”, apontou o Chefe do Estado.
O Presidente zambiano, Hakainde Hichilema, reiterou a profundidade das relações históricas entre Moçambique e a Zâmbia. Segundo Hichilema, os dois povos têm mantido uma interacção contínua ao longo dos anos, e existe uma forte interdependência entre eles, bem como no desenvolvimento de infra-estruturas, incluindo os corredores de Nacala e da Beira, as rodovias e as ferrovias.
Segundo Chapo, o país quer colher experiência industrial mineira e agrícola da Zâmbia, assim como reforçar o turismo. “Queremos fazer do turismo uma plataforma de integração entre Moçambique e a Zâmbia, cobrindo desde o turismo de natureza ao turismo de negócios e do ecoturismo ao turismo cultural”.
O Presidente moçambicano acrescentou que “a nossa ambição é clara: industrializar Moçambique. O Programa Nacional Industrializar Moçambique (PRONAI), em vigor até 2035, orienta este caminho. Com ele, queremos transformar recursos em produtos, produtos em empregos, e empregos em dignidade. Estamos a desenvolver parques industriais e zonas económicas especiais para atrair investimentos e estimular cadeias regionais de valor”.
O Chefe do Estado reuniu-se igualmente com a comunidade moçambicana e apelou à participação activa no diálogo nacional. “No dia 10 de Setembro deste ano, fizemos o lançamento oficial a nível nacional e, neste momento, está a decorrer o diálogo, que é um
espaço em que todos os moçambicanos estão convidados. Não é só em Moçambique, aqui também, na diáspora, é um debate que vai levar dois anos”, explicou Chapo.
Fonte: O País






