Resumo
Os presidentes de Moçambique e do Zimbabwe, Daniel Chapo e Emmerson Mnangagwa, defendem uma nova fase de cooperação estratégica focada na agricultura, energia, logística e turismo. Durante o Fórum de Negócios Moçambique-Zimbabwe, destacaram a importância do investimento privado, modernização dos corredores logísticos e valorização das cadeias produtivas para impulsionar o crescimento bilateral e regional. A agricultura foi apontada como o pilar central desta cooperação, aproveitando a complementaridade entre as terras aráveis de Moçambique e a tecnologia agrícola do Zimbabwe. O setor energético também foi destacado, com projetos como a expansão da Hidroelétrica de Cahora Bassa e novas centrais a gás a serem prioritários. Esta parceria visa resultados sustentáveis e tangíveis para ambas as nações.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Presidentes Daniel Chapo e Emmerson Mnangagwa defendem um novo ciclo de cooperação estratégica, assente na agricultura, energia, logística e turismo.
Moçambique e Zimbabwe querem inaugurar uma nova etapa de integração económica, centrada no investimento privado, na modernização dos corredores logísticos e na valorização das cadeias produtivas, numa estratégia que os dois Chefes de Estado consideram essencial para dinamizar o crescimento bilateral e regional.
Agricultura, energia e logística como pilares de uma nova agenda económica
A visão conjunta foi reafirmada durante o Fórum de Negócios Moçambique–Zimbabwe, realizado no sábado, em Maputo, onde o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, e o seu homólogo zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, defenderam um quadro de cooperação modernizado, orientado para resultados tangíveis e sustentáveis. O encontro reuniu empresários e autoridades governamentais com o objectivo de identificar oportunidades concretas de investimento e fortalecer a integração regional.
Daniel Chapo destacou a agricultura como o eixo central da nova etapa de cooperação, sublinhando que este sector constitui a base do desenvolvimento económico moçambicano e oferece oportunidades de investimento partilhadas. Recordou que Moçambique dispõe de extensas terras aráveis, enquanto o Zimbabwe aporta tecnologia, conhecimento e experiência agrícola, criando condições para uma parceria de elevada complementaridade.
O sector energético surgiu igualmente como prioridade, com o Chefe de Estado a realçar os projectos estruturantes em curso, incluindo a expansão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, o desenvolvimento de Mphanda Nkuwa e novas centrais a gás. Segundo Chapo, o país está a reforçar a capacidade de produção de energia eléctrica, abrindo espaço para investimentos zimbabweanos em geração, transporte e serviços associados.
No turismo, ambos os Presidentes identificaram um potencial significativo, especialmente no contexto dos projectos regionais da SADC. Moçambique possui uma costa extensa, ilhas, parques e reservas, condições que podem sustentar projectos conjuntos capazes de atrair investimento e dinamizar o sector.
Mnangagwa enfatizou a necessidade de acelerar a integração económica, salientando que o crescimento sustentado passa pela redução de barreiras comerciais, pela modernização dos corredores logísticos — nomeadamente Beira e Limpopo — e pela implementação de fronteiras de paragem única, medidas que deverão facilitar a circulação de mercadorias e reduzir custos operacionais. O estadista defendeu ainda o aumento do valor acrescentado dos produtos primários e a criação de condições que promovam o empoderamento económico.
Ambos os líderes defenderam que o sector privado assume um papel decisivo na concretização das oportunidades identificadas. Joint ventures em agricultura, logística, energia renovável, serviços mineiros, manufactura e turismo foram destacadas como áreas prioritárias, num ambiente orientado para resultados concretos e benefícios mútuos.
O Fórum antecedeu a 1.ª Sessão da Comissão Binacional Moçambique–Zimbabwe, que substituiu mecanismos anteriores e deu origem a uma plataforma mais robusta para decisões conjuntas. As delegações reafirmaram o compromisso de transformar o potencial económico existente em ganhos reais para as populações, defendendo a criação de condições para uma circulação mais rápida de mercadorias, maior eficiência logística e um ambiente regional mais competitivo.
Fonte: O Económico





