Moçambique participa das Cyber Games de 2025, na Malásia

 Moçambique fez parte de uma equipa que conquistou o primeiro lugar no 7º Desafio de Segurança Digital, evento parte das Cyber Games de 2025, que decorreu na Malásia de 20 a 23 de Maio de 2025.

As Cyber Games e o DSC têm como objectivos: aprimorar as capacidades de resposta ao cibercrime, fortalecer as habilidades de investigadores de cibercrime e especialistas em forense digital, face à constante evolução das ameaças e novas técnicas criminosas, incluindo o uso crescente de comunicações encriptadas e moedas virtuais como forma de pagamento para serviços ilegais.

Visa igualmente simular cenários reais, através de quizzes sofisticados e desafios baseados num cenário de ransomware, para espelhar situações que os investigadores encontram nas suas operações diárias. Isso permite aos participantes formular conhecimentos e desenvolver habilidades através de tentativa e erro, como em processos de resolução de problemas na vida real.

Visa também promover a cooperação internacional, pois, um dos pilares do evento é incentivar a cooperação estratégica e operacional entre as autoridades competentes, incluindo a partilha de dados, conhecimentos, ferramentas, habilidades e boas práticas.

 Espera-se que o evento reforce a cooperação entre as partes da Convenção de Budapeste e o uso de ferramentas como a troca de informações espontâneas, a preservação expedita de dados informáticos armazenados e a Rede 24/7 de Pontos de Contacto.

A iniciativa sublinhou a importância da cooperação internacional e da partilha de conhecimentos e ferramentas para enfrentar as ameaças cibernéticas em constante evolução.

O evento foi organizado pelo Conselho da Europa (C-PROC), em colaboração com a Agência Nacional de Segurança Cibernética da Malásia (NACSA).

A equipa vencedora é composta por seis elementos e integrando participantes de seis países, nomeadamente Brasil, Iraque, Hungria, Filipinas, Sri Lanka e Moçambique. O país esteve representado por Lúcia Zimba, técnica da equipa Nacional de Resposta a Incidentes Cibernéticos (nCSIRT). Lúcia Zimba destacou-se por ser uma das poucas mulheres em Mocambique na área de Segurança Cibernética que demonstrou capacidades técnicas para participar dos exercícios.

A participação de Moçambique ocorreu no âmbito do projecto GLACY-e, um dos programas do Conselho da Europa. Este exercício representa um salto significativo para Moçambique, que no ano passado alcançou o segundo lugar no DSC 6 realizado em Cebu, Filipinas.

Este evento na Malásia foi a primeira de três edições anuais das Cyber Games, estando as próximas competições agendadas para 2026 na Europa e para a América Latina em 2027.