Fonte: O País
Moçambique pede apoio da CPLP para acelerar implementação da estratégia de energia

Maputo é, desde esta segunda-feira, palco da quinta cimeira de Energia e Clima da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, e, durante cinco dias, reguladores, financiadores, especialistas e membros do Governo discutem estratégias de financiamento climático.
Moçambique conta com o apoio da CPLP para acelerar a implementação da Estratégia Nacional de Energias, com destaque para o programa Energia para Todos.
“No domínio da energia e do clima, a CPLP tem o potencial de se afirmar como uma plataforma de partilha de conhecimento, mobilização de recursos e desenvolvimento de soluções conjuntas. Para tal, precisamos de reforçar a cooperação técnica entre as nossas instituições energéticas, promover a investigação e a formação de quadros e criar condições para o investimento cruzado entre os países da comunidade”, disse a directora nacional de Energia, Marcelina Matavele.
Na sua intervenção, Marcelina Matavele pediu aos países da CPLP prioridade à interconexão energética, a digitalização dos sistemas e a promoção de energias renováveis descentralizadas, referindo que são o caminho para uma transição energética sustentável e que inclui a protecção do meio ambiente.
“Acreditamos firmemente que, através da solidariedade e da cooperação lusófona, poderemos enfrentar os desafios da transição energética e das alterações climáticas com mais força e determinação”, afirmou a directora nacional de Energia.
Concretamente para o sector de energia, Moçambique está a melhorar o quadro legal e abertura de espaços para atrair financiamentos, com o objectivo de ter acesso universal da energia até 2030.
Para isso, de acordo com Marcelina Matavel, Moçambique também está a avançar com a electrificação através da energia fora da rede. Com base neste programa, há ainda 38% de moçambicanos que se espera que tenham energia até 2030, para a cobertura global.
“É uma solução muito importante e, nos últimos anos, tem estado a crescer cada vez mais a participação dessas soluções e que são essencialmente de energias renováveis”, avançou, referindo que a participação desse segmento é de 10% no universo de 62% da taxa de acesso de energia no país.
São necessários cerca de 80 mil milhões de meticais para a implementação de estratégias de transição energética, e uma cooperação entre os países pode ser determinante.
Por isso, para o director nacional do Gabinete do Financiamento Climático do Ministério de Planificação e Desenvolvimento, Albano Manjate, o clima e energia são cruciais para o desenvolvimento sustentável das economias dos países da CPLP, sendo importante o apoio e colaboração dos países lusófonos na busca de financiamentos.
“O clima tem estado a afectar o ambiente, mas também a economia e a sociedade, e constitui uma das grandes ameaças à nossa existência”, disse Albano Manjate, acrescentando que “nesta vertente de dar respostas às questões climáticas, o sector energético é estratégico e deve beneficiar do maior volume de financiamento para que a nossa economia seja de baixo carbono”.
Durante cinco dias, a Semana de Energia e Clima da CPLP incluirá encontros institucionais, sessões públicas e formações técnicas, que permitirão alinhar prioridades, fortalecer alianças e ampliar o papel da CPLP na agenda energética e climática global.
Estão reunidos no encontro representantes governamentais, reguladores, financiadores, empresas, especialistas na área de energia e clima, com a organização a apontar para a presença de 29 oradores, representantes de nove países lusófonos e 120 participantes.
Fonte: O País
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