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A Ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Lucas, iniciou esta terça-feira, 10 de Junho, uma visita oficial de cinco dias à China, centrada na dinamização das relações económicas e diplomáticas no âmbito da cooperação sino-africana, com destaque para a implementação dos compromissos assumidos na IV Cimeira da FOCAC.
A visita de trabalho da Ministra Maria Lucas à República Popular da China, a convite do seu homólogo chinês Wang Yi, marca uma nova etapa no aprofundamento das relações estratégicas entre Maputo e Pequim, numa altura em que a China reforça a sua influência em África através de mecanismos multilaterais como o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) e a Expo China-África (CAETE).
Realizada na cidade de Changsha, província de Hunan, a Conferência Ministerial dos Coordenadores para a Implementação dos Resultados da IV Cimeira da FOCAC tem como objectivo avaliar os progressos alcançados desde o encontro de alto nível realizado em Dezembro de 2024, em Beijing. Este processo visa consolidar os pilares de cooperação nas áreas de comércio, industrialização, educação, saúde, tecnologia e segurança alimentar.
Paralelamente, a 4.ª Sessão da Expo China-África (CAETE) proporciona uma plataforma para a promoção de investimentos, parcerias comerciais e transferência de tecnologia entre empresas chinesas e africanas. Para Moçambique, trata-se de uma oportunidade para destacar sectores prioritários como energia, infra-estruturas, agricultura e transformação industrial.
Durante a visita, Maria Lucas deverá manter reuniões bilaterais com o Ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, e com o Presidente da Agência Chinesa de Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Chen Xiao Dong. Estes encontros deverão permitir o reforço dos instrumentos de apoio ao desenvolvimento económico de Moçambique, particularmente nas áreas de financiamento concessional, capacitação institucional e apoio à industrialização.
A deslocação enquadra-se na política externa de Moçambique de diversificação de parcerias estratégicas e de afirmação activa nos fóruns multilaterais africanos e globais. Num momento em que o país procura acelerar a implementação do seu plano quinquenal de desenvolvimento económico, esta visita pode abrir novas frentes de cooperação técnica e financeira com um dos seus mais antigos parceiros de desenvolvimento.
Fonte: O Económico