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Friday, November 28, 2025
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Mortes por sarampo diminuíram 88% desde 2000, mas casos aumentaram

Resumo

Um novo relatório da OMS revela que as mortes por sarampo diminuíram 88% entre 2000 e 2024 devido aos esforços globais de imunização, salvando quase 59 milhões de vidas. No entanto, 95 mil pessoas, principalmente crianças menores de cinco anos, morreram de sarampo no ano passado. Os casos de sarampo aumentaram globalmente, com cerca de 11 milhões de infeções no ano passado, 800 mil a mais do que antes da pandemia de Covid-19. A cobertura vacinal insuficiente é um desafio, com 84% das crianças recebendo a primeira dose da vacina, mas apenas 76% recebendo a segunda dose em 2024. Mais de 30 milhões de crianças permanecem desprotegidas, principalmente em África e no Mediterrâneo Oriental. A revisão da Agenda de Imunização 2030 destaca a importância de manter altas taxas de vacinação para prevenir surtos de sarampo.

Esforços globais de imunização levaram a uma queda de 88% nas mortes por sarampo entre 2000 e 2024, de acordo com um novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS. Desde 2000, quase 59 milhões de vidas foram salvas pela vacina contra o sarampo.

Mesmo assim, 95 mil pessoas, na sua maioria crianças abaixo de cinco anos, perderam a vida para a doença, no ano passado. Embora este seja um dos números anuais mais baixos, desde 2000, a morte é evitável por uma vacina.

Aumento global de casos de sarampo

Em todo o mundo, os casos de sarampo sobem. No ano passado, foram cerca de 11 milhões de infeções, quase 800 mil a mais do que os níveis antes da pandemia de Covid-19, há seis anos.

A Região do Mediterrâneo Oriental notificou 86% dos casos, seguida pela Europa com 47% e o Sudeste Asiático com 42%, em comparação com 2019. No caso da África, a queda foi de 40% em novas infecções e 50% nas mortes durante o mesmo período, devido ao aumento da cobertura vacinal.

Embora haja uma menor probabilidade de morte nos recentes surtos, existem os riscos de complicações graves e permanentes, como cegueira, pneumonia e encefalite.

Cobertura vacinal insuficiente

De acordo com estimativas da OMS/Unicef, em 2024, 84% das crianças receberam a primeira dose da vacina contra o sarampo, mas o número que obteve a segunda dose caiu para 76%, representando um aumento de 2 milhões de crianças imunizadas em comparação com 2023.

Para garantir o controle da doença, a cobertura precisa ser de menos 95% com duas doses da vacina contra o sarampo para interromper a transmissão e proteger as comunidades de surtos.

Em 2024, mais de 30 milhões de crianças continuaram desprotegidas, três quartos delas residentes em África e no Mediterrâneo Oriental em contextos afetados por conflitos ou vulneráveis.

A Revisão Intercalar da Agenda de Imunização 2030 salienta que o sarampo é frequentemente a primeira doença a ressurgir quando a cobertura vacinal diminui, e que os crescentes surtos de sarampo estão a expor as fraquezas dos programas de imunização e dos sistemas de saúde a nível global.

Uma menina recebe tratamento para sarampo
© OMS/Danil Usmanov

Uma menina recebe tratamento para sarampo

Cabo Verde avança na erradicação

Até ao fim de 2024, 81 países haviam eliminado o sarampo, apenas três a mais do que antes da pandemia, mantendo a meta de eliminação mundial longe de ser alcançada.

Este ano, vários progressos foram alcançados em países e territórios do Pacífico, e também Cabo Verde, Maurício e Ilhas Seicheles, elevando o número total de países que eliminaram o sarampo para 96.

A Região das Américas recuperou o estatuto de eliminação do sarampo em 2024 pela segunda vez, a única região a ser verificada, mas perdeu o estatuto novamente em novembro de 2025 devido à transmissão contínua no Canadá.

Contudo, teme-se que os profundos cortes de financiamento que afetam a Rede Global de Laboratórios de Sarampo e Rubéola e os programas de imunização dos países aumentem as lacunas de imunidade e provoquem novos surtos no próximo ano.

Apelo a compromissos políticos

Para alcançar a eliminação do sarampo, é necessário um forte compromisso político e investimento sustentado para garantir que todas as crianças recebam duas doses da vacina contra o sarampo e que os sistemas de vigilância possam detectar rapidamente surtos.

A Revisão Intercalar da IA2030 apela aos países e parceiros para que reforcem a imunização de rotina, a vigilância e as capacidades de resposta rápida a surtos, e para que realizem campanhas de alta qualidade e cobertura elevada enquanto a imunização de rotina não for suficiente para proteger todas as crianças.

É essencial garantir financiamento interno sustentável e também novos parceiros, no entanto, isso é agora um desafio crítico para avançar nos esforços rumo a um mundo livre do sarampo.

Fonte: ONU

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