Em comunicado, a MSF manifestou “profunda preocupação” com o impacto da insegurança no acesso aos serviços médicos essenciais. “Centenas de milhares de pessoas necessitam urgentemente de assistência médica e humanitária em Cabo Delgado, mas a insegurança continua a impedi-las de a obter. Isto resulta em mortes e sofrimento que poderiam ser evitados”, declarou Víctor García Leonor, chefe de operações da organização em Moçambique.
Segundo a MSF, os recentes ataques armados em Mocímboa da Praia provocaram mortes, ferimentos e deslocamentos em massa, atingindo bairros a poucos quilómetros do centro da vila. A violência forçou milhares de residentes a abandonar as suas casas e colocou em risco a continuidade dos serviços médicos, incluindo pronto-socorro, maternidade e apoio em saúde mental no Hospital Rural Distrital, bem como atividades comunitárias em áreas remotas.
Apesar da suspensão, a MSF assegura que permanece empenhada em apoiar a população de Cabo Delgado e retomar as operações assim que houver garantias mínimas de segurança para as suas equipas. Alguns pacientes em estado grave já foram transferidos para unidades de saúde em Pemba e Mueda.
Fonte: O País