O FC Porto precisava de vencer para assumir a liderança isolada da Liga, mas foi o Nacional, que queria deixar a zona de despromoção direta, que acabou por levar a melhor. Na Choupana, em partida da 17.ª jornada da Liga de futebol, os madeirenses venceram por 2-0, um triunfo construído numa primeira parte em que foram melhores e eficazes em vários capítulos do jogo. O segundo tempo viu mais Dragão, mas só enquanto a equipa da casa ‘quis’ que assim fosse.
Os nortenhos voltaram ao jogo com uma alteração no onze (Vasco Sousa rendeu Alan Varela, por lesão), os madeirenses mantiveram a mesma equipa. E no reatamento da partida, pouco mais de uma semana depois, por força da suspensão imposta por um nevoeiro intenso, a equipa da casa voltou a entrar melhor mas desta feita com eficácia.
A partida foi retomada aos 14 minutos de 30 segundos, e o Nacional, na primeira investida à baliza de Diogo Costa, abriu o marcador. Gustavo Garcia recuperou uma bola mal aliviada pela defesa portista, na direita, trabalhou bem sobre o oponente e cruzou para o desvio cabeça de Dudu, que surgiu solto na pequena área. Decorria o minuto 17m.
Como era de esperar, o Nacional baixou as linhas e o FC Porto subiu com tudo, mas sem clarividência suficiente para demonstrar a estrutura defensiva dos alvinegros, sempre lesta a fechar os espaços e com grande espírito de entreajuda.
O Nacional defendia bem e, sempre que podia, aproveitava o contragolpe. Aos 33m, Gustavo Garcia voltou a cruzar bem mas Isaac não conseguiu levar a melhor sobre Diogo Costa, que foi lesto a sair de entre os postes. O FC Porto apostava tudo na frente mas sem qualidade, enquanto os locais iam aproveitando os espaços para semear o pânico na frente. Aos 40m, a atenção de Otávio revelou-se primordial ao desarmar Dudu, que se preparava servir para Isaac no coração da área.
Quatro minutos depois, surgiu o segundo do Nacional. Bruno Costa bateu um canto tenso e Zé Victor surgiu a cabecear nas alturas e a colocar o esférico no fundo das redes. Tudo corria mal aos dragões, que foram obrigados a mexer por causa da lesão de Martim Fernandes, e também porque Pepê não estava a render o esperado.
Ao intervalo, o técnico portista voltou a mexer em dose dupla, fazendo entrar Fábio Vieira e Gonçalo Borges, por troca com André Franco e Vasco Sousa, numa clara aposta de tudo ou nada. O FC Porto voltou mais pressionante, beneficiando de um recuo tático do adversário e criou os primeiros lances de grande perigo para a baliza nacionalista. Só que Samu cabeceou muito por cima e Namaso não conseguiu desfeitear Lucas França.
O ímpeto portista foi perdendo gás com o passar do tempo. A equipa de Tiago Margarido defendia com muita concentração e geria bem os momentos de jogo, dificultando a construção ofensiva dos dragões, que começou a evidenciar mais coração do que cabeça com o andar do relógio.
Antes do minuto 70m, os dragões criaram duas situações de perigo, na sequência de cantos, mas ficou evidente, apesar dos muitos homens colocados na área, de que não seria por aqui que o golo portista ia aparecer. E nem de chapéu, como bem tentou Deniz Gul, após ser isolado por Eustáquio, aos 72m.
Aos 80m, já com o jogo algo partido, Samu dispôs de uma grande ocasião para reduzir a desvantagem, só com Lucas França pela frente, mas o cabeceamento saiu por cima da trave. Já nos descontos, um remate fortíssimo de Gonçalo Borges foi ter à quase à figura de Lucas França. Depois foi ver a festa alvinegra nas bancadas.
Fonte: Mais Futebol