«Não pedi às pessoas para votarem com cartões de sócio que não são delas»

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André Villas-Boas foi ouvido esta quinta-feira na 3.ª sessão do julgamento da Operação Pretoriano.

À saída do tribunal, já depois da segunda vez que foi depôs na parte da tarde, Villas-Boas prestou declarações aos jornalistas presentes, e garantiu que «será provada justiça» num processo em que afirma não ter nada a ver com os desacatos na Assembleia Geral de dia 13 de novembro de 2023.

«Era o que mais faltava» começou por dizer o presidente dos dragões. «Há acusação e há defesa, e naturalmente as pessoas têm todas o direito a defender-se e os seus advogados também a fazerem as suas devidas questões. Eu aqui estou para responder com a verdade».

A Assembleia de novembro de 2023 ficou marcada por confrontos e Villas-Boas, na altura na qualidade apenas de sócio, diz agora que jamais poderia «ficar satisfeito com atos de violência, intimidação e coação».

«Haverá um ponto onde as pessoas que sentiram e sofreram na pele diretamente esses presumíveis atos de agressão, coação e intimidação, serão as melhores que poderão explicar o que é que sentiram nesse momento, bem como as mazelas associadas a essas agressões. Portanto, esse é um momento fundamental para este processo, e depois caberá, evidentemente, à acusação provar os factos».

Durante o depoimento de Villas-Boas, a advogada de Fernando Saul pediu para o presidente dos dragões esclarecesse um alegado apelo à transmissão de cartões de sócios se os seus apoiantes não pudessem comparecer no ato eleitoral, baseando-se num vídeo que irá ser apresentado.

«Isso é um não tema, portanto, a acreditação ao ato eleitoral do FC Porto é feita em presença de cartão de cidadão e de cartão de sócio do FC Porto, portanto, é um não tema. Eu não estou a pedir às pessoas para votarem com cartões de sócio que não são delas, como é evidente, porque não faz parte da minha natureza», referiu já fora do Tribunal de São João Novo.

Sobre mais processos abertos pelo FC Porto, Villas-Boas espera que os dragões sejam ressarcidos «de todos os danos que sofreram».

«São outros processos, é um processo em curso o processo do ‘bilhete dourado’, que está relacionado com a bilhética. Como vocês sabem, há muitos os processos que o FC Porto deu início, por conta da Auditoria Forense, e o objetivo é que o FC Porto seja ressarcido de todos os danos que sofreu», afirmou dizendo que a sua presença em tribunal não ganhou nada e que apenas «perdeu algumas horas de trabalho».

«Perdi algumas horas de trabalho na gestão diária da equipa, que é o mais importante, gestão diária, planeamento e tudo o que corresponde à parte desportiva de um clube de futebol, equipa de futebol e as restantes modalidades», concluiu.

Fonte: CNN Portugal

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