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Wednesday, December 3, 2025
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Navio com peso excessivo encalhado no porto de Quelimane há um mês

Resumo

Um navio da empresa Indo-África, carregado de cromo, está encalhado desde 1 de novembro à entrada do Porto de Quelimane, poluindo o mar devido ao excesso de peso. O navio, situado em Martibune, Inhassunge, aguardava transferência da carga para outro navio no Oceano Índico. A administração marítima da Zambézia constatou a situação e planeia remover a embarcação devido à poluição causada pela carga de pedra crómio e hidrocarbonetos. Medidas serão tomadas para proteger o ecossistema marinho, incluindo notificar a empresa Indo-África e exigir soluções rápidas para a remoção do navio com rebocadores.

Um navio pertencente à empresa Indo-África, carregado de cromo, está encalhado desde 1 de Novembro a esta parte à entrada do canal de acesso ao Porto de Quelimane. A administração marítima diz que o navio está com peso excessivo e a poluir o mar.

O navio da empresa Indo-África está encalhado na zona de Martibune, distrito de Inhassunge há mais de um mês. Saiu do Porto de Quelimane onde carregou quantidades não especificadas de pedra crômio.

A mercadoria iria depois ser repassada para um outro navio que está no largo do Oceano Índico, para depois seguir ao seu destino. Uma equipa da administração marítima na Zambézia esteve no local a aferir a situação e explica o que está a acontecer. 

“O que está a acontecer é que tivemos uma embarcação que encalhou e neste momento está-se a envidar esforços de modo que possamos remover a embarcação do local onde está”, começou por dizer Bela Mabazo, Administradora Marítima da Zambézia.

De acordo com a fonte, a embarcação tem peso excessivo e as máquinas não aguentaram o nível do canal e arrastaram a mesma, que acabou encalhando.

Bela Mabazo explica ainda que a embarcação tem estado a poluir o mar devido a carga que transporta. “Carrega pedra crômio, que é esta que está aqui, a poluir o nosso mar. A embarcação continua assim no local. Nós tivemos lá uma brigada multissetorial. O pessoal da administração todo esteve lá. E constatamos que aquela embarcação, toda a pedra crômio está praticamente a poluir o nosso mar”, explicou. 

As autoridades dizem que vão tomar medidas face ao que o navio está a causar ao ecossistema marinho. Ou seja, nota-se através das águas a poluição que está a ocorrer através da pedra crômio e os hidrocarbonetos.

“Neste momento, a primeira medida é notificar a Manica, que é o agente da empresa Indo-África, que é para prestar algumas declarações. E junto também da Indo-África encontramos soluções rápidas que é para ver se remove-se a embarcação com dois rebocadores daquele local”, disse Bela Mabazo, realçando ainda que “percebemos que eles não têm um plano de contingência, porque a embarcação está ali naquele local desde o dia 1 de Novembro”. 

Ademais, segundo a Administradora Marítima da Zambézia, percebeu-se que a embarcação não tem seguro e não houve controle nenhum na hora de fazer o carregamento, já que o peso era excessivo e a embarcação não aguentou.

Com relação ao processo administrativo, Bela Mabazo garante que há medidas que deverão ser tomadas, até porque “esta situação é gravíssima”.

“Portanto, neste momento estamos a ver se conseguimos garantir que não haja problemas naquele centro de pesca, com morte de pescados, primeiro por derrame de hidrocarbonetos, que está na embarcação, e que esta pedra crômio não possa continuar a poluir o nosso mar, apesar de já estar toda ela praticamente no mar”, concluiu.

A nossa equipa de reportagem sabe que a Indo-África não tem escritórios em Quelimane, por isso contactou o seu agente, a Manica Moçambique, baseada em Quelimane, mas a responsável negou-se a prestar declarações sobre o assunto.

Fonte: O País

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