Questões-Chave:
AIMO quer transformar-se numa instituição mais dinâmica e estratégica, ao serviço da industrialização nacional;
Direcção liderada por Paulo Chibanga anuncia criação de uma Agência de Desenvolvimento Industrial e aposta em formação ajustada ao conteúdo local;
Governo destaca necessidade de diálogo com sectores como energia, educação e logística para viabilizar a transformação industrial.
A nova direcção da Associação Industrial de Moçambique (AIMO), empossada esta semana, pretende redefinir o papel da instituição no ecossistema económico nacional, através de cinco compromissos centrais. O novo presidente, Paulo Chibanga, elegeu como prioridade a criação de uma Agência de Desenvolvimento Industrial e a promoção de uma indústria moçambicana moderna, inclusiva, competitiva e orientada para a produção local e o conteúdo nacional.
A tomada de posse da nova liderança da AIMO, liderada por Paulo Chibanga, marcou o início de um novo ciclo de ambição institucional e renovação estratégica para o associativismo industrial em Moçambique. No seu discurso de investidura, Chibanga anunciou que a sua direcção será guiada por cinco compromissos centrais: reforço institucional, defesa do sector industrial, sustentabilidade financeira, acesso a financiamento e soluções inovadoras de crédito.
“Hoje assumimos um mandato guiado por cinco compromissos: reforçar a capacidade institucional da AIMO, defender a indústria, garantir sustentabilidade financeira, acesso a financiamento e soluções inovadoras de crédito,” afirmou.
Entre os projectos emblemáticos já definidos, destaca-se a criação de uma Agência de Desenvolvimento Industrial, considerada por Chibanga como o “projecto de bandeira” da nova liderança.
“A nossa Agência de Desenvolvimento Industrial será o projecto de bandeira deste mandato,” anunciou.
Outro pilar estratégico será o reforço do capital humano, com foco na formação profissional ajustada às exigências da nova legislação sobre conteúdo local. O presidente da AIMO avançou que o Centro de Formação de Metalomecânica será actualizado com currículos alinhados às necessidades do mercado industrial, visando responder directamente aos desafios da qualificação e da competitividade.
“O Centro de Formação de Metalomecânica será alinhado aos currículos que respondam à mão-de-obra qualificada para o conteúdo local,” destacou.
No mesmo sentido, a nova direcção pretende promover a produção local e a substituição de importações, desenvolvendo políticas que impulsionem cadeias de valor nacionais e dinamizem as micro, pequenas e médias indústrias.
“Vamos diversificar a base produtiva e apostar na produção local para reduzir a dependência externa,” reforçou Chibanga.
A nova direcção da AIMO demonstrou também abertura à cooperação internacional, destacando as oportunidades de parcerias com países como a Turquia, particularmente na área da indústria têxtil.
“Gostaríamos de construir com a Turquia um projecto na indústria têxtil. AIMO está pronta para agir com inovação e responsabilidade social,” sublinhou.
A cerimónia foi testemunhada por várias entidades, entre as quais a Secretária de Estado da Indústria, Custódia Paunde, que destacou os desafios estruturais que continuam a afectar o sector e apelou ao envolvimento de todos os actores.
“Precisamos resolver questões como a fiabilidade da energia, financiamento, incentivos à indústria e logística,” alertou.
Paunde apelou ainda a um maior debate com sectores transversais, como a educação, energia, infra-estruturas e transportes, e incentivou o associativismo especializado como instrumento de transformação industrial.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>“O associativismo especializado e o debate com sectores transversais como educação, energia e logística são fundamentais,” concluiu.
Fonte: O Económico