Esta posição é do ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estêvão Pale, expressa durante um encontro realizado recentemente no Botswana, sobre a transição energética e a sua sustentabilidade na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
“Temos de investir no aproveitamento dos nossos recursos energéticos renováveis”, disse o ministro, destacando a necessidade de esta aposta estar harmonizada com políticas favoráveis e incremento do financiamento, principalmente, na componente de linhas de transmissão.
Falando especificamente sobre Moçambique, referiu que, internamente, existe um potencial que se nota em projectos como a Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa e Central Térmica de Temane que irão gerar aproximadamente 2000 megawatts nos próximos cinco anos beneficiando o país e a região.
“Estamos a falar de energia limpa que irá satisfazer necessidades internas de Moçambique, potenciar o desenvolvimento industrial e responder à demanda da região”, elucidou.
Explicou que, na região, Moçambique é actor relevante neste domínio, citando como exemplos os projectos de interligação Moçambique-Malawi, 400KV, e estudos em curso para uma linha Moçambique-Zâmbia, 400KV. O potencial existente em Moçambique pode contribuir para o abastecimento da região, com destaque para energias hídrica, solar, eólica, de biomassa e gás natural.
É neste prisma que Moçambique tem vindo a registar progressos na electrificação nacional, tendo a taxa de acesso saído de 29 por cento em 2018 para 60 por cento no ano transacto, apesar dos desafios prevalecentes, nomeadamente, infra-estruturas como linhas de transporte Norte-Sul para melhor fornecimento e melhor qualidade.
Fonte: Jornal Noticias