Bruno Pires, de 39 anos, Polícia de Segurança Pública (PSP), em Bragança, troca a sua profissão pelo fato-de-macaco no Rali Dakar há cinco anos, onde tem desempenhado as funções de mecânico e responsável de logística.
Atualmente, está no Rali Dakar a desempenhar funções como elemento da logística da equipa oficial da Honda, em motas, gerida pelo português Ruben Faria. Mas a história começou há cinco anos, quando foi mecânico responsável pela Yamaha, equipa de António Maio, também elemento das forças de segurança, neste caso, GNR.
«Entretanto esse projeto terminou comigo e agora tive a oportunidade de vir com a Honda HRC. Iniciei a minha vida militar com 19 anos, foi onde conheci o António [Maio], que estava na Academia Militar da GNR. Comecei a ir com ele a umas corridas, e o meu envolvimento com ele foi sendo cada vez maior, até chegar ao ponto de estar a fazer a mecânica da mota dele e começarmos o projeto internacional os dois», referiu à Agência Lusa.
«Depois da parte militar, enveredei pela PSP e conciliei sempre as duas coisas.»
Bruno Pires teve sempre, desde pequeno, o gosto pelos motores, pelas motas e pelas competições, tendo feito as chamadas provas ‘pirata’. Contudo nunca esteve ligado a uma competição.
«A formação começou a aparecer consoante foram aparecendo as necessidades do António, quando evoluiu dos raides para os ralis, com a parte de navegação e todos os periféricos relacionados. Tive necessidade de aprender para o ajudar no dia a dia dele.»
Bruno Pires considera-se «um privilegiado» porque conseguiu sempre dar resposta às necessidades do seu passatempo, como explicou.
«Mesmo quando estava na Unidade Especial de Polícia, em Lisboa, sempre fui acarinhado, tanto pelos superiores como pelos colegas. Em Bragança, de igual forma. Fui muito bem recebido quando cheguei e uma coisa nunca inviabilizou a outra».
«A parte mais custosa é que os dias que tenho de férias são todos ocupados com as corridas. Não há outra forma», frisou o PSP sobre as dificuldades. «Se calhar, uma licença sem vencimento é o passo que terei de dar a seguir. Para já, nunca foi preciso.»
O português nesta edição está a desempenhar funções como elemento de logística, sendo responsável pelo suporte à parte mecânica da prova.
Fonte: Mais Futebol