Essas nações implementaram todas as seis ações de controle recomendadas pela Organização Mundial da Saúde, OMS, para erradicar o problema. Uma série de outras nações seguem na segunda fila com cinco ações executadas: Etiópia, Irlanda, Jordânia, México, Nova Zelândia, Eslovênia e Espanha.
Anúncios gráficos em maços
Os resultados constam do relatório anual “Epidemia do Tabaco 2025”, lançado durante a Conferência Mundial sobre Controle do Tabaco, em Dublin, Irlanda, na segunda-feira.
A OMS acredita que as medidas geraram “ganhos notáveis” com anúncios gráficos de saúde, com 110 países aplicando-as nos maços de cigarros. Ao todo, 155 nações implementaram pelo menos uma medida aconselhada pela agência.

O consumo de tabaco ainda mata pelo menos 7 milhões de pessoas por ano. A maior batalha, segundo a OMS, para controlar o tabaco no mundo global vem da crescente interferência da indústria tabagista.
As seis medidas conhecidas como Mpower, introduzidas em 2008, incluem monitorar o uso do tabaco e as políticas de prevenção, proteger as pessoas da fumaça do tabaco com uma legislação para ambientes livres de fumo e oferecer ajuda para parar de fumar.
Subir impostos funciona
Além disso, a OMS recomenda alertar para os perigos do tabaco com rótulos nas embalagens e na mídia, aplicar proibições à publicidade, promoção e patrocínio do tabaco e aumentar os impostos sobre o tabaco.
O tamanho médio desses avisos também aumentou de 30% da embalagem, em 2007, para quase 60% no ano passado. Até o momento, dois países subiram o tamanho dos anúncios para 92,5% tanto na frente como no verso.
Entre as grandes lacunas observadas está a situação de 40 países com 2 bilhões de habitantes que não foram alcançados pelas medidas Mpower.
Em 22 nações, ainda não são usados rótulos de advertência nos maços de cigarros.
Cigarros eletrônicos
A recomendação é que sejam aplicados alertas de saúde a produtos de tabaco e nicotina novos e emergentes, incluindo cigarros eletrônicos e sachês de nicotina.
A OMS descreve os cigarros eletrônicos com nicotina como “altamente viciantes e prejudiciais à saúde”.
Na abertura do evento global, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus disse que 20 anos após a adoção da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, há sucessos para comemorar. No entanto assinalou que a indústria do tabaco continua a evoluir e é necessário acompanhamento.
Para isso, ao “unir ciência, políticas e vontade política, pode ser criado um mundo onde o tabaco não ceife mais vidas, prejudique economias ou roube futuros”.
Fonte: ONU