Por: Gentil Abel
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a doação de cerca de 3,5 milhões de doses de vacinas contra a cólera a Moçambique, segundo informações divulgadas pelo governo. A iniciativa insere-se no âmbito da cooperação internacional para fortalecer a resposta do país à doença, que ainda representa um desafio significativo para a saúde pública.
Desta feita, o acordo foi firmado durante uma reunião entre o Presidente Daniel Chapo e o director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, realizada na Suíça, durante uma visita de trabalho do chefe de Estado moçambicano. As vacinas destinam-se ao arranque da implementação do Plano Nacional de Eliminação da Cólera (PEC), recentemente aprovado pelo Conselho de Ministros.
Sendo assim, o PEC prevê um investimento aproximado de 485 milhões de dólares e foi validado durante a 32.ª sessão ordinária do Conselho de Ministros. O plano inclui diversas medidas de prevenção e controlo, com destaque para campanhas de vacinação em zonas de maior risco, além de melhorias no saneamento e no acesso à água potável.
No entanto, a execução do programa depende de um esforço conjunto entre o governo e os parceiros de desenvolvimento.
Por conseguinte, esta iniciativa demonstra o compromisso do Estado em eliminar a cólera como problema de saúde pública até 2030, através de acções multissectoriais baseadas em evidências científicas. O foco inclui garantir acesso sustentável à água potável, melhorias no saneamento básico e fortalecimento dos serviços de saúde.
Por fim, importa referir que esta não é a primeira doação recente. Em maio de 2025, o UNICEF e a própria OMS já haviam disponibilizado 2,3 milhões de doses de vacina ao Ministério da Saúde (MISAU), destinadas principalmente a crianças acima de um ano e suas famílias em áreas de elevado risco. Actualmente, os surtos de cólera concentram-se sobretudo nas regiões centro e norte de Moçambique, onde o governo continua a intensificar as acções de vigilância e prevenção.






