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Thursday, December 18, 2025
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ONU insiste na libertação imediata de 59 funcionários detidos no Iêmen

Resumo

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou no Conselho de Segurança sobre o Iémen que ações unilaterais não promovem a paz e podem aumentar o risco de escalada do conflito. Guterres pediu a libertação imediata e incondicional de 59 membros do pessoal da ONU detidos arbitrariamente pelos houthis, destacando que as Nações Unidas e parceiros não devem ser alvo de ataques. Após uma trégua mediada pela ONU em 2022, as negociações políticas estagnaram, havendo tensões regionais que complicam a situação. Guterres alertou que uma retoma dos confrontos teria graves consequências para a paz e segurança regionais.

Em sessão do Conselho de Segurança sobre o Iêmen, o secretário-geral da ONU disse que ações unilaterais não abrirão caminho para a paz e podem “aprofundar divisões, endurecer posições e aumentar o risco de uma maior escalada e fragmentação”.

A reunião desta quarta-feira aconteceu logo após o retorno de António Guterres de uma visita à região, incluindo passagens pela Arábia Saudita e pelo Omã.

Libertação imediata e incondicional

Narrando os desafios enfrentados por funcionários humanitários em campo, ele identificou “um ambiente operacional que se tornou insustentável em áreas controladas pelos houthis”.

Em declarações a jornalistas, Guterres condenou com veemência a detenção arbitrária de 59 membros do pessoal da ONU e de agências parceiras, bem como de ONGs, sociedade civil e missões diplomáticas.

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O líder das Nações Unidas fez um apelo pela libertação imediata e incondicional do grupo em linha com o direito internacional.

Guterres contou que autoridades de facto houthis encaminharam três funcionários da organização a um tribunal criminal especial nos últimos dias. Ele pediu que a decisão seja revertida e que sejam retiradas todas as acusações relacionadas ao desempenho de funções oficiais da ONU.

Para o secretário-geral, “a detenção contínua dos funcionários das Nações Unidas é uma profunda injustiça para todos aqueles que dedicaram suas vidas a ajudar o povo do Iêmen”.

Alvos de ataques, prisões ou detenções

No pedido, Guterres relembra ainda que as Nações Unidas e seus parceiros jamais devem ser alvo de ataques, prisões ou detenções em conexão com suas funções oficiais.

Desde 2022, as partes em conflito reduziram ataques após uma trégua mediada pela ONU e um compromisso assinado em 2023.

Mas, segundo Guterres, houve uma paralisação das negociações políticas e casos de tensões regionais que “complicaram seriamente a situação.”

Para o secretário-geral, uma retomada completa dos confrontos poderia ter “graves ramificações para a paz e segurança regionais, incluindo no Mar Vermelho, no Golfo de Áden e no Chifre da África”.

Ele pediu que todas as partes optem pelo diálogo e exerçam máxima moderação, reduzam as tensões e resolvam as divergências.

Preservação da soberania e integridade territorial

Guterres estendeu seu pedido aos intervenientes regionais dizendo que deles se espera um “engajamento e coordenação construtivos, apoiando os esforços de mediação da ONU para garantir os interesses de segurança coletiva”.

O líder das Nações Unidas ressaltou que o Iêmen “precisa de uma solução política sustentável e negociada que preserve sua soberania e integridade territorial” e contemple as aspirações de todos os iemenitas.

Ele declarou que o povo iemenita continuará “pagando um preço terrível com a situação atual”. Até 4,8 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. Estima-se que outros 19,5 milhões precisam de assistência humanitária.

No seu discurso, o secretário-geral defendeu a necessidade de uma permissão para que agências de ajuda realizem seu trabalho sem interferências, reiterando o compromisso de reforçar o apoio essencial a milhões de pessoas em todo o país.

Fonte: ONU

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