Os partidos políticos da oposição estiveram presentes no acto do lançamento Chama da Unidade Nacional, em Nangade, na província de Cabo Delgado, através de Abel Ferreira, que representou o presidente do PODEMOS e líder da oposição, Albino Forquilha.
Alberto Ferreira começou por dizer falar dos desafios que Moçambique enfrenta em várias áreas, destacando o “campo político, a credibilidade e integridade do processo eleitoral, reduzida confiança nas instituições políticas, económico e social caracterizado pelo descontentamento generalizado em vários sectores da função pública e na sociedade, pelo elevado custo de vida, pelo desemprego, pela falta de habitação, pela insatisfação com o sistema nacional de saúde e de educação, pela corrupção, pela insatisfação com a qualidade dos serviços prestados pelas instituições públicas”, entre outros problemas.
Por isso Abel Ferreira não deixou de louvar a escolha e o local para iniciar uma marcha da Unidade Nacional através da Chama, o que para ele “pretende fazer da Unidade Nacional o cerne e o centro congregador da sociedade moçambicana que apesar das diferenças, de ordem político, religiosos, rácicas ou étnicas e dos problemas acima mencionados”, o que traduz “uma vontade firme de um povo decidido por trilhar e responder às novas e sempre antigas exigências da nossa sociedade moçambicana”.
Para a oposição, apesar das riquezas que o país tem, muitos continuam a serem os desafios que o país tem nos 50 anos da independência, onde a conquista da independência e o entusiasmo pela liberdade, os direitos, o bem-estar desvaneceram logo a partida.
Por isso, em nome dos partidos da oposição, Abel Ferreira disse estarem prontos, engajados e comprometidos com os grandes desafios de reformar Moçambique através da construção de consensos colocando sempre os interesses nacionais como o primado sobre os interesses particulares.
“Na luta pela alternância do poder político, como políticos e cidadãos, como homens de boa fé e guiados pelo espírito de boa vontade e no amor incondicional à pátria, não podemos normalizar a perturbação da ordem política, a perturbação da circulação normal de pessoas, bens e serviços, pois isto tem impactos negativos na vida cotidiana, isto é, no dia-a-dia do nosso povo. Por isso, como povo unido, na diversidade, precisamos de acabar com as constantes instabilidades e crises, sobretudo eleitorais, em Moçambique. Precisamos de evitar que se causem mais danos materiais e humanos doravante”, disse, destacando ainda que “precisamos de devolver a Paz, a tranquilidade e o desenvolvimento necessários a reafirmação e consolidação do Estado de Direito”.
Abel Ferreira terminou frisando que os partidos políticos de oposição presentes no acto “acreditam, na democracia, acreditam que apenas o diálogo político nacional, franco e inclusivo, pode trazer entendimentos e soluções políticas duradouras, de forma pacífica para os grandes problemas que Moçambique atravessa”.
Importa sublinhar que o percurso da Chama da Unidade Nacional termina a 25 de Junho, dia da celebração dos 50 anos da Independência de Moçambique.
Fonte: O País