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Friday, October 31, 2025
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Ouro Aproxima-se dos 4 000 USD/Oz: Correção Técnica Sob Vigilância

Resumo

O preço do ouro caiu ligeiramente devido ao dólar mais forte e à incerteza sobre cortes de taxa pelo Fed, mas mantém-se em valorização pelo terceiro mês consecutivo. A queda para 4 005,54 USD por onça em 31 de outubro foi influenciada pelo dólar e pela redução das expectativas de corte de juros. O ouro, ativo de refúgio, foi afetado pela valorização do dólar e pela postura cautelosa do Fed. Após atingir máximos históricos, o ouro está numa fase de ajustamento técnico, com suporte em torno dos 4 000 USD/oz. A JPMorgan prevê uma média de 5 055 USD/oz até 2026. Para economias emergentes, o ouro continua a ser uma alternativa de diversificação, mas a volatilidade e os riscos de correção devem ser monitorizados. O ouro permanece como ativo estratégico em tempos de incerteza, mas a próxima subida pode depender de eventos de choque económico.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O preço do ouro registou uma ligeira queda na sexta-feira, influenciado por um dólar mais forte e pela incerteza quanto a novos cortes de taxa pelo Federal Reserve (Fed), ainda que o metal precioso continue encaminhado para um terceiro mês consecutivo de valorização.

O mercado do ouro viveu um dia de contracção modesta a 31 de Outubro, em que o metal precioso caiu cerca de 0,4% para 4 005,54 USD por onça após o fortalecimento do dólar e o recuo das expectativas de que o Fed venha a cortar taxas de juro em Dezembro. Embora a queda seja limitada, o contexto técnico e macro-económico conduz os investidores a uma maior vigilância face a possíveis reacções rápidas no mercado.

A Influência do Dólar Forte e das Expectativas Monetárias

O ouro, tradicionalmente considerado um activo de refúgio e proteção contra inflação ou incerteza, foi penalizado pela recente valorização do dólar norte-americano. A apreciação da moeda encarece o metal em outras divisas e reduz a procura. Em paralelo, o presidente do Fed deixou transparecer um posicionamento mais cauteloso relativamente à descida das taxas de juro — os mercados reduziram a probabilidade de corte em Dezembro para cerca de 74,8% (ante ~91% há cerca de uma semana). 

Este duplo efeito — dólar mais forte e custos de oportunidade mais elevados para quem investe em ouro (por ser activo não rendível) — explica parte da queda recente e da pausa na subida.

Correção Técnica e Riscos de Volatilidade

Após ter atingido máximos históricos acima dos 4 300 USD/oz (registo de ~4 381 USD/oz em meados de Outubro) o ouro entrou numa fase de rendimento de lucros e ajustamento técnico. Algumas análises técnicas assinalam que o nível dos ~4 000 USD/oz actua como suporte importante, abaixo do qual poderá intensificar-se a correção. 

Por outro lado, se ocorrerem choques de risco ou um enfraquecimento súbito do dolar coupled com uma subida da inflação, o ouro poderá retomar impulso. Bancos como a JPMorgan Chase & Co. apontam para uma média de ~5 055 USD/oz até ao final de 2026. 

Factores a Monitorizar e Implicações para Economias Emergentes

Factores de monitorização incluem:

Para economias emergentes, onde as moedas locais podem depreciar rapidamente e onde a inflação pode ganhar força, o ouro representa ainda uma alternativa de diversificação. Contudo, a volatilidade da commodity e o elevado nível actual implicam que se deva estar alerta para riscos de correção.

Perspectiva Estratégica

O ouro como classe de activo continua bem posicionada para o ambiente actual de incerteza — inflação global, dívida pública elevada e tensões geopolíticas. Contudo, a pausa ou ligeira correção que se observa sugere que o preço já incorpora muitos dos riscos esperados. A “próxima perna” de subida poderá depender menos de uma corrida súbita ao ouro e mais de eventos de choque: falha de crescimento, inflação descontrolada ou erros de política monetária.

Assim, os investidores e decisores económicos deverão estar preparados para uma fase de maior dispersão de cenários: seja um novo rali se as circunstâncias se agravarem, seja uma consolidação ou recuo se o ambiente se normalizar.

Fonte: O Económico

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