O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que toma posse nesta segunda-feira (10), enalteceu a democracia brasileira durante discurso de posse.
Durante a fala, criticou os articuladores da invasão aos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. Ele agradeceu ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AP), com quem já teve uma série de desentendimentos enquanto esteve no comando da articulação política do governo com o Congresso.
“Gratidão aos ex-presidentes da Câmara e Senado, deputado Arthur Lira e senador Rodrigo Pacheco, e aos atuais presidentes, Hugo Motta e Davi Alcolumbre. Juntos, conseguimos impedir o golpe de 8 de Janeiro. Um plano sórdido, que envolvia até mesmo o assassinato do presidente e do vice-presidente escolhidos pelo povo brasileiro. Se aqueles criminosos tivessem sido bem-sucedidos, hoje, o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin não estariam aqui com vida. Esse salão estaria vazio e silencioso, como no período da ditadura, mas vencemos. Nós ainda estamos aqui em defesa da democracia”, afirmou.
Em novembro do ano passado, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação, com base em documento elaborado por um dos alvos da investigação, caracterizado como “um verdadeiro planejamento com características terroristas, no qual constam descritos, todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco”.
O plano, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, tinha o objetivo de matar Lula, Alckmin e Moraes. O relatório, elaborado pelo general Mario Fernandes, ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro, chamava os três pelos codinomes Jeca, Joca e Professora, respectivamente.
De acordo com o plano, o objetivo dos criminosos era envenenar Lula.
“Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando a vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, diz o texto.
Já para executar Moraes, era considerado matá-lo com uma metralhadora, quatro fuzis, quatro pistolas e um lança-granada. “São armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate”, diz outro trecho.
Padilha deixou a Secretaria de Relações Institucionais para assumir a Saúde, no lugar de Nísia Trindade, demitida em fevereiro.
O novo ministro tem a missão de fazer, da pasta, uma vitrine para o governo, além de consolidar uma marca na terceira gestão de Lula com o programa Mais Acesso a Especialistas.
“Chego ao Ministério com uma obsessão de reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado. Todos os dias, vou trabalhar para buscar o maior acesso e menor tempo de espera”, declarou Padilha.
Fonte: CNN Brasil