O Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos defende o reforço da gestão integrada das bacias hidrográficas para fazer face a seca e garantir que nenhum país fique sem água, por falta de coordenação.
As mudanças Climática e a poluição são alguns dos desafios evidentes, quando se fala da gestão de recursos hídricos.
Com vista a mitigar a situação, decorreu esta terça-feira, na cidade de Maputo, a abertura da VIII conferência Internacional da REMCO, sob o lema “Reforçar a Resiliência e a Governação da Água nas Bacias Hidrográficas Transfronteiriças”.
“Temos desafios ao nível da qualidade de água, para efeitos de desenvolvimento da agricultura e outras utilizações, precisamos assegurar que a água que entra no nosso território está dentro dos padrões recomendáveis, por outro lado, precisamos monitorar as bacias hidrográficas em termos de quantidade que recebemos e dos respectivos impactos, que pode criar, mas também ao nível da qualidade”, explicou Edgar Chongo, director da Administração Regional das Águas do Sul, ARA-SUL.
O secretário permanente do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos diz ser urgente reforçar a cooperação na gestão das bacias hidrográficas transfronteiriças partilhadas, entre Moçambique, África do Sul e Eswatini para melhor responder aos desafios da gestão dos recursos hídricos.
“Para Moçambique, a gestão sustentável e partilha de recursos hídricos é uma questão de sobrevivência nacional e de integração regional. O nosso país encontra-se a jusante em oito das nove bacias partilhadas ao nível da SADC e mais de 90 por cento das cheias registadas no território nacional ocorrem em bacias hidrográficas compartilhadas. Esta realidade faz com que a pressão transfronteiriça seja uma prioridade estratégica para o governo, consagrada na nossa política de Águas e Estratégia Nacional de Gestão de Recursos Hídricos ”, disse Hélio Banze, secretário Permanente do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.
A VIII conferência internacional sobre Gestão Fluvial e Ambiental, REMCOM, é um evento que, entre outros, visa fortalecer a cooperação regional.
“A relação entre água e desenvolvimento humano é de profunda dependência. Proteger nos nossos recursos hídricos e em última instância, proteger a vida , a economia e o futuro das nossas comunidades. A nossa região da África Austral enfrenta desafios crescentes de escassez de água, cheias cíclicas e pressão sobre os ecossistemas hídricos, o que exige de nós uma preparação mais forte e inclusiva”.
O evento termina esta sexta-feira e conta com a participação de 150 delegados
Fonte: O País