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Wednesday, October 22, 2025
InícioNacionalSociedadePaquistanês acusado de “burlar” 510 toneladas de milho em Nampula 

Paquistanês acusado de “burlar” 510 toneladas de milho em Nampula 

Um grupo de 17 pessoas em Nampula diz-se burlado por um cidadão paquistanês que adquiriu 510 toneladas de milho e passou um cheque sem cobertura, no valor de mais de 6 milhões de meticais. O caso já está na Justiça.São parte de um grupo de 17 pessoas que se sentem burladas por um cidadão paquistanês que se dedica à compra e venda de milho, na província de Nampula. Do grupo constam agricultores de Nampula e Niassa e alguns intermediários na cadeia do agronegócio.“Solicitou-nos e disse que precisava de uma quantidade de milho de quase mil toneladas. Numa primeira fase, nós fornecemos 245 toneladas, e deste número, ele passou-nos um cheque no valor combinado. E depois disso, seguiu-se para a segunda fase que era de mais ou menos duzentas e tal toneladas, quase trezentos e acabamos fornecendo. Mas o que acontece é que o cheque que fomos passados, que era para poder levantar no dia 16, ele ligou para mim e disse que não podíamos ter o cheque e que devíamos esperar para o dia seguinte, porque não tinha fundo nenhum na conta”, narrou Marcelino Alberto, um dos lesados. O milho foi descarregado em dois armazéns na cidade de Nampula. Além da falta de cobertura do cheque passado, o mesmo milho foi vendido pelo cidadão paquistanês a uma fábrica de produção de farinha de milho, antes do pagamento aos donos do produto.“Um dos nossos colegas, que estava a descarregar o milho, que era também amigo daquele senhor que nós fornecemos, ligou para ele para pedir reforços de mais camiões, que era para poder transportar o mesmo milho que nós estávamos a descarregar para uma fábrica de farinha, que segundo ele (o cidadão paquistanês) era para fazer farinha, porque tinha contrato com outras empresas”, continuou a explicar.Com a burla consumada, os lesados levaram o caso ao SERNIC e por decisão do tribunal provincial de Nampula, o milho foi apreendido e foi constituído o dono de um dos armazéns como fiel depositário. Para a estranheza dos lesados, o milho continuou a ser retirado do armazém.“A juíza, a Dra Esmeralda, indeferiu o nosso requerimento de pedido de devolução do produto e, pronto, nós ficamos  já sem saber o que estava a acontecer. Então, enquanto estávamos no tribunal, acabamos recebendo ligações de que diziam que o milho que descarregamos está a ser novamente levado para aquele ponto de venda”.  A empresa que recebeu parte das 510 toneladas de milho é esta, pertencente a empresários chineses. Tentamos contacto com os donos da mesma para sabermos dos contornos do negócio, mas sem sucesso.

Fonte:O País

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