Pedro Proença, o homem certo no lugar certo

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Pedro Proença é candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol

Antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail escreve na Tribuna Livre, um espaço de opinião de A BOLA aberto ao exterior

As eleições para a Federação Portuguesa de Futebol, no próximo dia 14, constituem um momento absolutamente decisivo para o presente e futuro do nosso futebol, de tal forma que, na qualidade de ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, cargo que desempenhei com toda a honra e dedicação durante quatro mandatos e 15 anos, entre 1996 e 2011, entendo ter a responsabilidade acrescida, diria mesmo a obrigação, de tomar posição pública sobre este sufrágio.

À beira de completar 111 anos (a 31 de março), a Federação Portuguesa de Futebol atravessa o período mais dourado da sua existência, sendo da mais elementar justiça recordar a dedicação de todos aqueles que, ao longo da sua história, sob as várias lideranças e em diferentes momentos e contextos, dedicaram parte das suas vidas a esta causa.

Porém, e permitam-me a imodéstia, foi nos anos 90 que se iniciou este percurso, o qual se deveu a cinco fatores essenciais.

Em primeiro lugar, a regularidade e consistência nas qualificações da Seleção A, a partir de 1996, falhando apenas 1998 e, a partir daí, ou seja, a partir de 2000, acumulando um total de 13 apuramentos consecutivos para as fases finais de Europeus e Mundiais — antes disso, recorde-se, Portugal só contava participações nos Mundiais de 1966 e 1986 e no Europeu de 1984.

Em segundo lugar, a realização do Euro-2004 no nosso País, que muitos julgavam impensável, para mais com a concorrência da Espanha, e que, entre muitas inovações e sementes para o futuro, inaugurou uma nova era na relação entre os portugueses e a Seleção Nacional, ao mesmo tempo que, pela primeira vez, colocou o nosso País numa decisão final, apesar da enorme desilusão que constituiu aquela derrota com a Grécia.

Em terceiro lugar, o surgimento de um jogador estratosférico como Cristiano Ronaldo, que, para lá do enorme impacto comercial, liderou, inspirou e elevou para outro patamar o Talento natural dos jogadores portugueses, que sempre existiu e continuará a existir, em todas as gerações.

Em quarto lugar, e resultado de todos os outros fatores, o exponencial crescimento comercial e financeiro da instituição.

Em quinto lugar, a alteração dos estatutos, em 2011, um passo fundamental não só para a modernização do quadro legal da Federação, mas acima de tudo na liberdade de gestão que passou a proporcionar às Direções, nomeadamente ao nível das decisões tomadas em sede de Assembleia Geral.

Os anos mais recentes, aproveitando esse balanço, foram sem dúvida marcantes a nível desportivo (conquistas do Euro-2016 e da Liga das Nações-2019), infraestrutural (construção da Cidade do Futebol) e económico (aumentando a prosperidade financeira), sem esquecer o sucesso no futsal e futebol de praia ou o desenvolvimento do futebol feminino, à boleia do fenómeno mundial e da crescente aposta dos clubes portugueses.

Aqui chegados, fica claro que, nos próximos anos, a Federação Portuguesa de Futebol tem de ser gerida por alguém à altura da dimensão que conquistou. Alguém capaz de pegar nesta base sólida e dar-lhe novas dinâmicas, novas perspetivas, novas exigências e novas estratégias. Alguém com a capacidade de tornar ainda melhor o que já é ótimo, na certeza de que a busca pela perfeição e pela excelência é um trabalho sempre inacabado e que o receio de não mexer para não estragar é meio caminho andado para a inércia.

Pedro Proença é um homem de visão e de ação, com uma carreira que fala por si. Nos relvados, foi o melhor árbitro da história do futebol português e obteve o devido reconhecimento internacional ao ser nomeado para a final do Europeu e da Liga dos Campeões, em 2012, sendo eleito o melhor árbitro do Mundo no mesmo ano. Fora dos relvados, foi o melhor presidente da história da Liga Portugal, e também aqui com o devido reconhecimento internacional, ao ser escolhido para liderar a European Leagues e, por essa via, tomar lugar no Comité Executivo da UEFA.

A sua personalidade forte, o seu espírito ambicioso, o seu conhecimento e experiência desta indústria e as suas relações, a nível nacional e internacional, com os principais stakeholders, desde as Associações Distritais e Regionais até à UEFA, fazem de Pedro Proença o próximo líder natural do futebol português, rumo aos grandes desafios que o esperam e aos objetivos e sonhos que estão ainda por cumprir.

Fonte: A Bola

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