O alerta divulgado, nesta terça-feira, em Genebra, veio a público quase um mês depois do início das operações da Fundação Humanitária de Gaza, apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, em 27 de maio.
Situação de desespero e fome
Nos pontos de distribuição alimentar têm sido frequentemente registrados momentos de confusão e tiroteios. O porta-voz de Direitos Humanos da ONU, Thameen Al-Keetan, contou que isso acontece quando moradores de Gaza correm para buscar suprimentos.

Segundo ele, o “mecanismo militarizado de assistência humanitária de Israel está em contradição com os padrões internacionais de distribuição de ajuda”.
Em Genebra, o porta-voz explicou ainda que as vítimas de atos ocorridos no centro privado de ajuda humanitária foram “bombeadas ou baleadas” pelas Forças de Defesa de Israel que colocaram civis em perigo e contribuíram para a “situação humanitária catastrófica em Gaza”.
Pelo menos 93 pessoas também teriam sido mortas pelo Exército israelense enquanto tentavam se aproximar dos poucos comboios de ajuda humanitária restantes das Nações Unidas e de outros parceiros operando em Gaza.
Operações humanitárias insuficientes
Em um alerta anterior, o Escritório de Direitos Humanos da ONU condenou a alegada execução sumária de funcionários palestinos associados à Fundação Humanitária de Gaza por homens armados supostamente afiliados ao Hamas.
O Escritório da ONU destacou que esses assassinatos devem acabar imediatamente, e os responsáveis devem prestar contas.
A mais recente atualização do Escritório da ONU de Assistência Humanitária relata que dezenas de pessoas de todas as idades estão sendo mortas e feridas todos os dias” em Gaza. Com as operações humanitárias insuficientes falta resposta aos sobreviventes do conflito.
Fonte: ONU