Petit: «Golo do Arouca? É falta sobre o Omar, nitidamente»

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Declarações de Petit, técnico do Rio Ave, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Arouca, após o empate (1-1), na 21.ª jornada da Liga:

(Análise ao jogo) «Sabíamos que ia ser um jogo difícil para uma semana de três jogos. O Arouca entrou muito melhor no jogo, tinha mais bola, conseguiu chegar mais perto da nossa área, mas sem o Miszta fazer uma ou outra intervenção. Aos poucos, fomos melhorando, mesmo perdendo muitas vezes a bola com passes simples e o Arouca saía em transição e criava-nos algumas dificuldades.

A partir dos 30 minutos, assentámos. Temos ali três situações em que poderíamos também ter chegado ao golo. Um remate do Kiko, depois de bola parada, tanto o Demir como o Vrousai, com o guarda-redes do Arouca a fazer boas defesas. Um jogo equilibrado, mais na primeira parte, com mais caudal do Arouca. Na segunda parte, sabíamos que tínhamos de aguentar um pouco, por alguns jogadores estarem sob fadiga desta semana de jogos. Depois, o Arouca acaba por chegar ao golo, que para mim é falta sobre o Omar, nitidamente. Nós tentámos reagir, mudámos, refrescámos a equipa e fomos felizes a acabar o jogo com um grande golo do Morais.»

(Importância de Tiago Morais ter uma maior regularidade nas exibições) «Pessoalmente, conheço bem o Morais, é um jogador com qualidade. Agora, tem altos e baixos durante a partida. Tentamos que ele seja mais constante durante o jogo, que tenha mais ações em que possa desequilibrar. Os adversários também vão conhecendo os jogadores e há momentos em que ele tem de soltar mais rápido, poder fazer um-dois e pedir na frente. É um menino que desequilibra bem, mas estamos a melhorá-lo nesse aspeto, porque é um jogador que faz a diferença quando está nesse bom momento.»

(Desafios táticos que o FC Arouca colocou e como procurou combatê-los) «Nós sabíamos que o Arouca tanto pode trabalhar numa saída a três, com o lateral esquerdo por dentro, o Sylla mais aberto no corredor, chamando o nosso lateral direito e o médio desse lado atacar as costas, como pode ser muitas vezes o David Simão a vir ao corredor direito, entre o central e o Esgaio, para fazer essa construção. São jogadores que depois entram muito por dentro, nos espaços interiores, e aceleram o jogo.

Nós tentamos, mas havia um ou outro jogador que demorava a chegar, fruto da fadiga destes três jogos. Foi um pouco isso: tentar anular que o David Simão tomasse conta do jogo, porque é um jogador que tem qualidade no jogo entrelinhas, no ataque à profundidade com os passes que ele faz. Tentámos, mas muitas vezes não conseguimos chegar com mais frequência ao portador da bola.

Sabíamos também que, quando o Arouca perdesse essas bolas, a arriscar nos espaços interiores, poderíamos ter espaço. O Arouca projeta-se muito para a frente, com os laterais, os extremos a vir por dentro, um médio a trabalhar muitas vezes nas costas dos nossos. Quando ganhássemos, poderíamos ter alguma frescura para, com o André Luiz, o Kiko Bondoso ou o Clayton, poder transitar e apanhar só os dois centrais.»

Fonte: Mais Futebol

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