Resumo
O mercado reagiu em baixa à decisão da OPEP+ de suspender os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026, interpretando-a como um sinal de enfraquecimento da procura. Os preços do petróleo caíram, com o Brent a recuar 0,2% para 64,74 dólares por barril e o WTI a desvalorizar 0,2% para 60,91 dólares. A decisão de manter estáveis as metas de produção reflete preocupações com um possível excesso de oferta, com analistas a apontarem que a OPEP+ reconhece o risco. As sanções ocidentais à Rússia afetam as exportações de petróleo russas, mas algumas empresas energéticas europeias contestam as previsões de excesso de oferta, destacando o crescimento da procura global. Nos EUA, o Departamento de Energia não prevê um colapso da procura em 2026. Os investidores aguardam os dados de inventários da API para avaliar a tendência de baixa.
O mercado reagiu em baixa à decisão do cartel e seus aliados de suspender os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026, interpretando o gesto como sinal de enfraquecimento da procura.
Os preços do petróleo voltaram a cair esta terça-feira, com os investidores a interpretarem a decisão da OPEP+ de suspender os aumentos de produção durante o primeiro trimestre de 2026 como um sinal de que o mercado poderá estar à beira de um excesso de oferta.
O Brent, referência internacional, recuou 0,2% para 64,74 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) desvalorizou 0,2% para 60,91 dólares, segundo dados da Reuters.
A decisão de manter estáveis as metas de produção, anunciada no domingo, ocorre depois de a OPEP+ ter aumentado as quotas em cerca de 2,9 milhões de barris por dia desde Abril — o equivalente a 2,7% da oferta global —, mas de ter reduzido o ritmo de crescimento desde Outubro devido às previsões de sobresaturação no mercado.
“O mercado poderá ver esta decisão como o primeiro sinal de que a OPEP+ reconhece o risco de um cenário de excesso de oferta, após meses de forte optimismo quanto à capacidade de absorção do mercado”, afirmou Suvro Sarkar, analista de energia do DBS Bank.
A decisão também reflecte as dificuldades da Rússia em aumentar as exportações na sequência das sanções impostas pelos EUA, Reino Unido e União Europeia, que afectam as suas principais companhias petrolíferas — Rosneft e Lukoil.
Apesar da leitura negativa do mercado, alguns líderes das maiores empresas energéticas europeias contestaram as previsões de excesso de oferta, apontando para uma procura global em crescimento e uma moderação natural na produção.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Energia rejeita a ideia de um “glut” (excedente), com o vice-secretário James Danly a afirmar que não espera um colapso da procura em 2026.
O banco J.P. Morgan destacou, em nota recente, que as novas medidas ocidentais não impedirão a continuidade das operações russas, embora reconheça que o risco de perturbação aumentou.
“Mesmo com a actual queda de preços, as sanções poderão continuar a oferecer algum suporte às cotações no curto prazo”, observou a analista independente Tina Teng.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Os investidores aguardam agora os dados de inventários da American Petroleum Institute (API), a divulgar-se ainda esta terça-feira, com previsões preliminares a apontar para um aumento das reservas de crude nos EUA — um indicador que poderá reforçar a tendência de baixa.
Fonte: O Económico

                                    



