Resumo
A Universidade Pedagógica de Maputo participa no programa PhD4Moz para fortalecer a formação de pós-graduação em Moçambique. O programa foca-se em competências transversais, disciplinas específicas e supervisão, sendo valorizado pela instituição por capacitar docentes e investigadores de acordo com padrões internacionais. A UP-Maputo destaca a importância das competências transversais para o sucesso dos doutorandos, considerando os desafios como a falta de tempo de contacto entre docentes e estudantes, responsabilidades múltiplas e diversidade dos estudantes. Apesar das dificuldades, a universidade compromete-se com a qualidade da formação doutoral e a investigação relevante. Teresa Cossa, do Departamento de Formação e Desenvolvimento do Corpo Docente, reiterou este compromisso durante as Jornadas Nacionais de Saúde em Maputo.
Segundo a chefe do Departamento de Formação e Desenvolvimento do Corpo Docente na UP-Maputo, o programa é de grande relevância para a instituição, na medida em que tem contribuído para o fortalecimento da formação em pós-graduação.
“O programa PhD4Moz tem sido uma plataforma de grande valor para a capacitação de docentes, investigadores e técnicos superiores, permitindo à UP alinhar-se com os padrões internacionais de ensino e investigação”, sublinhou.
O programa oferece três pilares de treinamento, nomeadamente formação em competências transversais, em disciplinas específicas e competências de supervisão. A UP-Maputo tem apostado nas competências transversais.
“Como UP-Maputo, focamos nas competências transversais, porque sabemos que essas habilidades são fundamentais para o sucesso dum doutorando, independentemente da área específica”, fez saber Teresa Cossa.
Ainda segundo Cossa, o PhD4Moz tem vindo a responder aos vários e complexos desafios que a instituição enfrenta na formação pós-graduada, tais como a limitação do tempo de contacto entre docentes e estudantes durante a formação, a multiplicidade das responsabilidades e heterogeneidade dos estudantes, para além das barreiras financeiras.
“A maioria dos nossos estudantes são trabalhadores a tempo integral, com responsabilidades profissionais e familiares, o que dificulta uma dedicação consistente às actividades de investigação. Por outro lado, temos pouco tempo com os estudantes, o que também dificulta o acompanhamento, para além de que eles são de proveniência distinta”, fez saber.
Apesar dos desafios, a interlocutora reafirma o compromisso da instuição que representa com a qualidade da formação doutoral e com a promoção da investigação científica relevante para os desafios nacionais.
Teresa Cossa falava na última terça-feira, numa das sessões inaugurais da 18a Edição das Jornadas Nacionais de Saúde, que decorre na cidade de Maputo, sob o lema “Promovendo a resiliência do Sistema Nacional de Saúde em base em evidência científica”.
Fonte: INS
