O Conselho de Segurança da ONU se reuniu, nesta segunda-feira, para debater a vulnerabilidade dessas rotas diante das crescentes tensões geopolíticas e atividades criminosas.
150 ataques a embarcações em 2024
O secretário-geral da Organização Marítima Internacional, OMI, Arsenio Domínguez, destacou que a segurança marítima é fundamental para a estabilidade econômica.
Ele relatou que só em 2024, foram registrados quase 150 incidentes de pirataria e assalto à mão armada. Os maiores números ocorreram no Estreito de Málaca e Singapura, no Oceano Índico e na África Ocidental.
Segundo Domínguez, essas ofensivas “colocam em risco embarcações e cargas, a vida dos marinheiros e a integridade do comércio global”.
O líder da OMI adicionou que ataques ilegais na região do Mar Vermelho violam o direito internacional e a liberdade de navegação.

Ataques cibernéticos contra navios
Dominguez ressaltou desafios adicionais para o setor como ataques cibernéticos, tráfico de drogas e atividades fraudulentas que ameaçam a segurança dos navios.
Para ele, a resposta coletiva deve estar enraizada na prevenção, vigilância constante, inovação e cooperação, tanto regional como internacional.
O especialista afirmou que tecnologias emergentes, como sistemas de vigilância baseados em inteligência artificial e monitoramento por satélite, podem ajudar a antecipar e eliminar ameaças.
No entanto, a digitalização do transporte marítimo e a transição para embarcações autônomas “ressaltam a urgência de uma governança robusta em segurança cibernética”.
Proteção ambiental
O chefe da OMI afirma que a segurança marítima e a gestão ambiental “andam de mãos dadas”.
E reiterou o apoio da agência aos países para desenvolver e aprimorar capacidades de resposta a incidentes de poluição marítima, incluindo vazamentos de petróleo.
Outras iniciativas ambientais incluem descarbonização do transporte marítimo, combate à poluição por plásticos e redução do ruído subaquático das embarcações, para preservar ecossistemas marinhos.
Fonte: ONU