Resumo
Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) morreu vítima de linchamento por moradores de Zobué, Moatize, Tete, após ser feito refém e agredido fisicamente. O incidente ocorreu depois da morte do homem detido por embriaguez e agressividade, que foi encontrado morto na cela por suicídio. A população revoltada responsabilizou o agente, ateando-lhe fogo. A PRM repudiou o linchamento, esclarecendo que a morte do detido foi por suicídio. Reforçaram a presença policial na região, promovendo diálogo e identificando os responsáveis pelo linchamento para responsabilização legal.
O incidente começou após a Polícia atender a uma denúncia de uma cidadã que alegava a presença de seu ex-parceiro em sua residência.
O porta-voz da PRM, Feliciano da Câmera, explicou que o homem, encontrava-se em estado de embriaguez e agressivo. Por esta razão, foi levado ao posto policial, onde horas depois foi descoberto morto por suicídio na cela.
Contou que na manhã de segunda-feira, a família devolveu o corpo ao Posto Policial, acompanhada por uma multidão de cerca de 200 pessoas que exigiam responsabilização pela morte do homem. Neste momento de tensão, a população fez refém um agente, agrediu-o fisicamente e ateou fogo no seu corpo, resultando na sua morte.
“Nós gostaríamos de lamentar e repudiar veementemente esta acção popular que culminou com o linchamento deste agente da PRM. Gostaríamos de desconstruir esta narrativa segundo a qual este cidadão teria sido vítima de agressões ou tortura, porque foi confirmado por equipe técnica especializada que ele encontrou a morte por suicídio, motivado por questões passionais,” afirmou.
Realçou que um contingente policial foi reforçado na região, e trabalhos de sensibilização estão em curso com as estruturas locais para promover o diálogo em vez da violência.
Sublinhou que foi aberta uma peça de expediente para a responsabilização dos indivíduos que tiraram a vida do agente da PRM, e os supostos autores já estão ser identificados.
Fonte: Jornal Noticias





