Embora já tenha passado cerca de meio ano após as manifestações pós-eleitorais, tidas como violentas, o Presidente da República continua a destacar, nos seus discursos, os efeitos negativos destas no país. Daniel Chapo chama os autores de inimigos do povo.
“Governo quando constrói escola é para o povo, quando oferece livros mahala para as crianças é para o povo, quando coloca medicamentos no hospital é para o povo, quando expande energia é para o povo, quando constrói casa é para o povo, quando abre furo de água é para o povo. E este que aparece a destruir coisas do povo é inimigo do povo”, disse o Presidente
Durante um comício em Metuchira, distrito de Nhamatanda, província de Sofala, Chapo disse que muitos problemas actuais são resultado das manifestações violentas.
“Não podemos permitir que haja manifestações violentas, que queimam uma central de medicamentos para o povo moçambicano do Rovuma ao Maputo. Depois há falta de medicamentos no Hospital e quer fazer manifestação de novo, dizendo que há falta de medicamentos, esqueceu que queimou a central de medicamentos. Faz manifestação, queima estrada com pneus, mas quando há covas diz que quer fazer manifestação por causa de cova, esqueceu que foi ele que queimou a estrada”, condenou.
Fora as manifestações, Chapo admite que há outros males que assolam o país. Um deles é a corrupção no aparelho do Estado, que tem causado tristeza na população.
“Não faz sentido, o dia mais feliz de uma mãe devia ser o dia do parto, mas há vezes que chega a ser o dia mais triste, porque para ir ao hospital, uma mãe tem de pensar em levar alguma coisa, pois se não leva, vai ser maltratada durante o parto. Temos que acabar com isso”, vincou o Chefe de Estado.
Nesta terça-feira, além do comício que orientou em Nhamatanda, o Presidente da República reuniu-se também com líderes comunitários e órgãos locais do Estado.
Fonte: O País