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Sunday, November 9, 2025
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PR reforça compromisso climáticos e amplia cooperação internacional na COP 30 

Resumo

O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, destacou a importância da COP30 como um momento para reforçar o compromisso com a agenda climática e fortalecer relações com outros líderes. Durante o evento, Chapo enfatizou a necessidade de mais esforços globais para garantir a resiliência dos ecossistemas. Moçambique definiu cinco objetivos principais na Cimeira, incluindo promover-se como centro energético de fontes renováveis e mobilizar recursos para implementar políticas climáticas. Foram também discutidas parcerias com o ex-Presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, e o Primeiro-Ministro da Irlanda, Michael Martin, com destaque para a cooperação económica e setores como agricultura e saúde. Lula aceitou visitar Moçambique, reforçando os laços entre os países.

O Presidente da República,  Daniel Chapo, afirmou no final da sua participação na  COP30, em Belém, que a Cimeira constituiu “uma ocasião para  renovar o nosso compromisso com a agenda sobre o clima e reforçar  a aproximação com outros líderes”, sublinhando que Moçambique sai  do encontro global com resultados tangíveis tanto no plano  multilateral como no bilateral. 

O Chefe de Estado começou por agradecer à comunicação social  que acompanhou a visita presidencial desde o primeiro dia,  destacando que a cidade amazónica se transformou num espaço de convergência entre líderes mundiais, cientistas, sociedade civil e sector  privado para discutir “o futuro do planeta e definir acções concretas  face às mudanças climáticas”. 

Nas três intervenções que realizou durante a Cimeira (na plenária, na  sessão sobre Clima e Natureza: Florestas e Oceanos, e no painel sobre  10 anos do Acordo de Paris), o Presidente moçambicano reforçou a  necessidade de maior determinação global. 

“Apesar dos avanços alcançados nas últimas três décadas, o mundo  precisa de empreender mais esforços para construir maior resiliência e  assegurar a vida de todos ecossistemas no planeta”, afirmou o Chefe  do Estado na plenária da COP30. 

Na sessão temática dedicada às florestas e aos oceanos, reiterou a  centralidade do capital natural moçambicano. 

“As florestas e o oceano representam a base da sobrevivência das  comunidades, o motor da economia, a âncora da segurança  alimentar e a chave da nossa resiliência climática”, disse, sublinhando  ser pertinente haver um compromisso colectivo de proteger as  florestas, o mar, os oceanos e os ecossistemas costeiros para promover  uma exploração responsável e sustentável”, acrescentou. 

O Presidente da República explicou que Moçambique definiu cinco  objectivos fundamentais para a sua participação na Cimeira,  nomeadamente: promover o país como centro energético de fontes renováveis, alinhado com uma transição energética justa, e renovar os  compromissos no quadro do Acordo de Paris, valorizando a agenda  climática no actual ciclo de governação. 

Acrescentou que o país pretende partilhar as acções em curso de  adaptação, mitigação e resiliência; mobilizar recursos financeiros e  tecnologias para a implementação das políticas climáticas; e  defender os interesses de África na gestão de riscos de desastres,  tendo Moçambique o papel de Campeão da União Africana nesta  área. 

À margem da COP30, o Chefe do Estado manteve diversas reuniões  destinadas a fortalecer parcerias. 

Com o Presidente Luís Inácio Lula da Silva, discutiu-se a retoma da  cooperação em sectores de impacto socioeconómico, com destaque  para agricultura, saúde, transportes, logística, infra-estruturas e recursos  naturais. O estadista destacou ainda que o Presidente Lula aceitou o  convite para visitar Moçambique. 

Com o Primeiro-Ministro da Irlanda, Michael Martin, Chapo reiterou o interesse mútuo de fortalecer a cooperação  económica e agradeceu o facto de Moçambique continuar a ser um  dos países prioritários na estratégia irlandesa de cooperação . 

No encontro com o Primeiro-Ministro da Holanda, Dick Schoof, o  governante moçambicano recordou que os dois países celebram este  ano o 50.º aniversário das relações diplomáticas, coincidindo com o  Jubileu de Ouro da Independência de Moçambique. Sublinhou a  necessidade de aproveitar as oportunidades económicas e de investimento oferecidos por Moçambique, associadas à experiência e  capacidade financeira holandesa. 

A agenda presidencial incluiu igualmente encontros com actores  económicos de relevo. Com Sidi Ould Tah, novo Presidente do Banco  Africano de Desenvolvimento (BAD), o Presidente da República  manifestou a disponibilidade do Governo para “dar seguimento aos  projectos e programas acordados” e convidou o dirigente a visitar  Moçambique. 

Reuniu-se ainda com Francisco Vervloet, da Petrobras, para  explorar oportunidades de cooperação com uma das maiores  empresas mundiais de exploração e refinação de petróleo e gás,  reconhecendo a “longa e excelente experiência” da companhia  brasileira no sector. 

No balanço final, o Presidente Chapo sublinhou que a presença em  Belém cumpriu integralmente os objectivos definidos. 

“A avaliação que fazemos da nossa participação na Cimeira é  bastante positiva, onde reforçamos o nosso compromisso com a  agenda do clima, fortalecemos relações bilaterais e demos novo  impulso à diplomacia económica do país”.

Fonte: O País

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